Frente Parlamentar quer cortar déficit de fretes

  • 18/12/2013

O deputado Edson Santos (PT-RJ), presidente da Frente Parlamentar da Indústria Marítima, afirma que os estaleiros vivem bom momento e que precisam consolidar sua posição. Diz que sua grande preocupação – e dos deputados e senadores que compõem a frente – é com a navegação. “O Brasil jamais será uma nação independente e soberana sem ter sua própria marinha mercante. No momento, a frota brasileira na cabotagem é expressiva, mas o país não conta sequer com um navios para levar sua exportação e trazer sua importação.” Segundo Santos, isso é uma carência não apenas política como econômica. Na parte político-estratégica, é inadmissível se ter de usar 100% de navios estrangeiros nas rotas externas e, na parte econômica, isso gera um déficit de fretes estimado em US$ 20 bilhões anuais.

“Não podemos aceitar passivamente esse rombo nas contas externas”, frisa. Lembra Santos que a União Européia estuda se a ação dos gigantes internacionais Maersk, MSC e CMA CGM constitui um cartel de fretes, que poderia prejudicar países europeus. Além disso, os grupos CSAV e Hapag-Lloyd anunciam criação de consórcio. Para o deputado, se a poderosa União Européia estuda efeitos nefastos para seu comércio exterior com possível formação de cartel, o Brasil deveria seguir essa linha e analisar a questão. Além disso, lembrou que a presidente Dilma recebeu estudos sobre a criação de uma ou mais empresas brasileiras de porta-contêineres para atuar nas rotas externas, e que não se pretende dar subsídios, mas desonerar tais companhias de certos ônus, permitir que compitam nos mares de todo o planeta. Essa tese é do empresário Washington Barbeito e foi levada a Dilma Rousseff pelo presidente do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

– Vou lutar por esse projeto junto à presidente Dilma – declarou o deputado.

 

Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
18/12/2013|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , , , |