Dilma ressalta importância da indústria naval no batismo do petroleiro Henrique Dias

  • 14/04/2014
Da esquerda para direita: presidente da Transpetro, Sergio Machado, do governador de Pernambuco, João Lyra, da presidente da Petrobras, Graça Foster, da presidenta, Dilma Rousseff e da madrinha da embarcação, Natasha Sinno. (Foto: Agência Petrobras)

Da esquerda para direita: presidente da Transpetro, Sergio Machado, do governador de Pernambuco, João Lyra, da presidente da Petrobras, Graça Foster, da presidenta, Dilma Rousseff e da madrinha da embarcação, Natasha Sinno. (Foto: Agência Petrobras)

A presidenta da República, Dilma Rousseff, ressaltou a importância da indústria naval para o país.“Sabemos que o fortalecimento da Petrobras revolucionou a indústria naval brasileira. Já dissemos o quanto os empregos aumentaram. A previsão para 2017 é que passemos dos quase 80 mil de hoje para 100 mil empregos gerados na indústria de fornecedores. E, entre 2014 e 2015, geraremos mais 17 mil empregos. E podemos também medir a Petrobras pela sua força, tanto em terra quanto no mar. São 133 plataformas, 41 sondas de perfuração e 361 barcos de apoio. Muitos mais virão”, disse em seu discurso.

Dia 14/4/2014, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS – PE), a Transpetro batizou o petroleiro Henrique Dias e comemorou a entrega e a viagem inaugural do petroleiro Dragão do Mar

A presidente da Petrobras, Graça Foster, ressaltou a importância da política de conteúdo local e dos investimentos já contratados pela empresa para os próximos anos.
“Nós vamos produzir no ano que vem mais petróleo do que fazemos hoje e depois mais ainda. Em 2018, serão 3,2 milhões de barris de petróleo por dia e isso já está contratado. Tenho certeza de que vamos continuar juntos por muitos anos. Vocês porque sabem fazer. Nós porque sabemos contratar. A grande discussão sobre conteúdo local veio de uma decisão, em 2003, pelo governo do presidente Lula e quando a nossa presidenta Dilma era ministra de Minas e Energia. Hoje temos o orgulho de olhar para vocês e falar que de 2013 a 2020 são US$ 100 bilhões já comprometidos com a indústria naval offshore, sendo que 70% fazem parte da nossa indústria nacional”, afirmou, durante discurso para cerca de três mil pessoas, entre funcionários do EAS e autoridades.

7º NAVIO EM OPERAÇÃO

O Dragão do Mar é a sétima embarcação do Promef a entrar em operação, e a terceira da série de 10 navios do tipo suezmax encomendados pela Transpetro ao EAS. Os navios suezmax são destinados ao transporte de petróleo cru e têm capacidade de carga de cerca de um milhão de barris de petróleo, quase metade da produção diária nacional de petróleo.

Além dele, os outros navios do Promef que já estão operando são: os suezmax João Cândido (maio/2012) e Zumbi dos Palmares (maio/2013); e os navios de produtos Celso Furtado (novembro/2011), Sérgio Buarque de Holanda (julho/2012), Rômulo Almeida (janeiro/2013) e José Alencar (janeiro/2014).

Para a construção do Dragão do Mar, foram usadas mais de 21 mil toneladas de aço para a estrutura e mais 860 toneladas de acessórios para o casco, 500 mil litros de tinta e mais de 110 mil metros de cabos elétricos. Somente em comprimento, o suezmax é maior que dois campos de futebol, que somam 240 metros. Em altura, equivale quase à Torre de Pisa, na Itália, com 55,8 metros. E a sua largura pode ser comparada à da Avenida Paulista, com 48 metros.

PROMEF

O Promef impulsionou a reconstrução da indústria naval brasileira após uma crise de décadas, com investimento de R$ 11,2 bilhões na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários. O Brasil tem, atualmente, a terceira maior carteira mundial de encomendas de petroleiros e a quarta maior de navios em geral. A indústria naval brasileira, que chegou a ter menos de dois mil operários na virada do século, hoje emprega mais de 78 mil pessoas, segundo o Sinaval.

O Programa tem três pilares: construir navios no Brasil; alcançar índice de conteúdo nacional mínimo de 65% na primeira fase, e de 70% na segunda fase; e atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado. Os dois primeiros já foram alcançados. E, com eles, o Promef ajudou a retirar a indústria naval brasileira do abandono em que se encontrava há décadas.

O terceiro pilar, a busca por competitividade internacional, é o atual foco. Para atingir este objetivo, a Transpetro criou o Sistema de Acompanhamento da Produção (SAP), que tem como função avaliar os processos produtivos dos estaleiros e sugerir alternativas para melhoria da produtividade.

OS HOMENAGEADOS

Dragão do Mar – Francisco José do Nascimento foi o líder dos jangadeiros de Fortaleza na luta contra a escravidão. O grupo paralisou o mercado escravista no porto da cidade em janeiro de 1881, recusando-se a transportar para os navios os escravos vendidos para o sul do País.

Não por acaso, sua jangada se chamava Liberdade. Em reconhecimento ao que ele e seus colegas fizeram, três anos depois da revolta, com a abolição da escravatura, o jangadeiro cearense foi levado para a Corte, no Rio de Janeiro. Na capital do Império, desfilou pelas ruas, recebeu chuvas de flores da multidão e ganhou o apelido que o transformou numa lenda.

Henrique Dias – Henrique Dias foi um dos heróis negros na luta contra os holandeses no Brasil. Pernambucano, é filho de escravos africanos libertos. É considerado um dos fundadores das Forças Armadas, por sua atuação nas duas batalhas de Guararapes.

 

FICHA TÉCNICA DOS NAVIOS SUEZMAX
Porte Bruto (TPB): 157.700 toneladas
Comprimento total: 274,20 metros
Boca: 48,00 metros
Calado: 17,00 metros
Velocidade de projeto: 14,8 nós
Autonomia: 20.000 milhas
Motor Principal: MCP: 1 unidade, Doosan-MAN B&W modelo 6S70ME-C
Motores Auxiliares: MCA: 3 unidades, Doosan-MAN B&W modelo 7L23/30H
O consumo total de óleo combustível do tipo RMK-45, considerando a operação do MCP e de um MCA, é de 69,0 toneladas por dia.
Fonte: Petrobras – Transpetro
14/04/2014|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , , |