A Camargo Corrêa deseja a recuperação da capacidade de planejamento do Estado

  • 16/06/2015

O presidente do conselho de administração da Camargo Corrêa (diversificado grupo empresarial brasileiro com 76 anos no mercado), Victor Hallack, assina a apresentação aos acionistas do Relatório Anual de 2014, onde merece destaque a referência às investigações nas prestadores de serviços para a Petrobras: “É fundamental que o Estado recupere sua capacidade de planejamento e estabeleça disciplina de somente contratar com projeto executivo suportado pelas devidas licenças e autorizações em todas as esferas cabíveis. É igualmente decisivo, por outro lado, que a iniciativa privada avance em seus compromissos e práticas de governança corporativa com reforço em programas de compliance”.

A Camargo Corrêa é acionista do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), localizado no complexo industrial e portuário de Suape, em Ipojuca (PE), um ativo de grande importância para a construção naval e offshore, mas que apresentou prejuízo em 2014, apesar avançar “consistentemente em sua curva de produção e em seus indicadores de produtividade”.

Sócios estratégicos japoneses

O Relatório Anual -2014 informa que de acordo com seu planejamento e com apoio tecnológico de seus sócios estratégicos japoneses, sob a liderança da IHI Corporation, intensificou-se a busca por eficiência e melhoria operacional. Com capacidade para produzir navios mercantes de até 500 mil toneladas de porte bruto (TPB), como petroleiros dos tipos VLCC, Suezmax, Aframax, Panamax e gaseiros; graneleiros, conteineiros e outros navios de carga, o EAS também tem capacidade para fabricação de plataformas de perfuração offshore, dos tipos drillship e semissubmersíveis, e equipamentos de produção dos tipos FPSO, TLP e SPAR, entre outros.

Confirmando o compromisso de longo prazo com o Estaleiro Atlântico Sul e com a indústria naval e offshore brasileira, a Japan EAS Investimentos e Participações, controlada pela IHI, concluiu em 2014 o total previsto de sua integralização de capital no EAS, consolidando sua participação na empresa em 33,3%, fatia igual aos sócios brasileiros.

O know-how japonês e a sinergia entre as duas culturas empresariais também vêm produzindo resultados importantes na gestão do EAS. Em 2014, foram implantadas e expandidas funções críticas da alta administração, com a inserção de experientes profissionais de mercado nas áreas de Operações, Jurídica e Gestão de Projetos e de Contratos. Além disso, foram estabelecidas as bases para o intercâmbio e treinamento de empregados do EAS em estaleiros japoneses do grupo IHI, bem como iniciada a transferência de métodos e sistemas de gerenciamento do Japão para o Estaleiro.

Como primeiros resultados, destacam-se a implementação dos ciclos Kaisen, de melhoria contínua de processos, a elevação da produtividade geral do EAS, que atingiu 140 Hh/CGT em fins de 2014, e o significativo aumento do nível de acabamento avançado dos navios em fabricação, que ultrapassou 95% ao final do exercício.

O ano de 2014 foi marcado pela entrega de mais um navio petroleiro ao Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro. A carteira firme de contratos deste cliente com a empresa inclui um total de 18 petroleiros (10 do tipo Suezmax, com capacidade para 1 milhão de barris, e 8 do tipo Aframax, que transportam 800 mil barris).

GráficoA-2015-06-15

GráficoB-2015-06-15

EBITDA: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization

LAJIDA: Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (em português)

Fonte: Relatório Anual 2014 – Camargo Correa
16/06/2015|Seção: Notícias da Semana|Tags: |