Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, o acordo firmado entre a Petrobras e a Sete Brasil, que habilitou esta última a construir seis sondas, libera a continuidade dos negócios da Sete Brasil, apontando um formato de empreendimento que pode ser apresentado a parceiros e financiadores. A expectativa, segundo ele, é que a retomada do empreendimento, com o novo formato, inicie uma nova etapa de negociação com estaleiros. A estatal também fechou acordo com outras seis empresas, nacionais e estrangeiras.
“Existem diversas questões que necessitam de negociação. Por exemplo: o que acontece com estaleiros que se comprometeram com aquisições de fornecedores para um número maior de sondas? Como serão solucionadas as despesas já realizadas pelos estaleiros até agora?” Rocha fez questão de explicar que as exigências de conteúdo local permanecem. E frisou que o importante, no momento atual, é de colocar o empreendimento de volta em operação, mesmo que com a redução da quantidade de sondas.
“Evidente que é esperada uma mudança de comportamento em relação a pagamentos aos estaleiros. A questão é a velocidade em que as negociações ocorrerão e como novos parceiros e financiadores vão conduzir estas negociações”, disse, acrescentando que o novo formato do empreendimento de construção de sondas da Sete Brasil indica a maior participação de investimentos das empresas e menor participação do Fundo de Marinha Mercante (FMM), cuja disponibilidade de recursos poderá ser afetada com o atual quadro de déficit nas contas públicas.