A Petrobras antecipou o fim dos contratos dos PSVs 3000 Collins Tide, Davidson Tide, De Vries Tide, Luanda Tide E Sam S Allgood, da Tidewater e operados pela Maré Alta, e do AHTS 18000 Maersk Terrier, da Maersk Supply Service.
Todos os contratos tinham previsão de término entre 2017 e 2018. Eles foram encerrados antecipadamente porque os navios não tiveram Certificados de Autorização de Afretamento (CAA) emitidos pela Antaq, ficando, portanto, bloqueados.
No último ano, dezenas de navios – a maioria de bandeira estrangeira, como neste caso – foram bloqueados devido à maior disponibilidade de embarcações brasileiras no mercado, já que navios nacionais têm prioridade no afretamento em relação a modelos similares vindos do exterior.
Navios de bandeira nacional superam frota estrangeira
Após cinco anos, o número de embarcações de apoio offshore de bandeira nacional voltou a superar o total de navios estrangeiros no país. De acordo com dados da Abeam, o ano de 2015 terminou com 427 barcos em águas brasileiras, dos quais 259 construídos localmente e 168 vindos do exterior – variações de, respectivamente, 6% e -35%.
Entre dezembro de 2014 e o mesmo mês do ano passado, 73 embarcações de apoio deixaram o Brasil (queda de 85%). Foram desmobilizadas 89 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 16 embarcações de bandeira brasileira. Entre as razões apontadas para o decréscimo da frota estão a acentuada queda do preço do barril e a redução dos investimentos da Petrobras.
No caso dos navios estrangeiros, a grande desmobilização observada no período ocorre à medida que são bloqueados em função da maior disponibilização de similares nacionais, o que impede seus proprietários de renovar seu certificado de autorização de afretamento (CAA) junto à Antaq.
A expectativa é que a demanda por embarcações de apoio marítimo seja ainda menor nos próximos anos, com a desmobilização de plataformas e sondas da estatal. Muitas embarcações de bandeira estrangeira deverão ter seus contratos encerrados, sendo remotas as chances de novas prorrogações. A tendência é que esse panorama perdure durante 2016.