Solange Guedes afirma que isenção de conteúdo local é vital para o primeiro FPSO definitivo
A economicidade do projeto de Libra depende da aprovação do pedido de waiver para o FPSO, que está sendo licitado para ser instalado no primeiro módulo do projeto de partilha. A informação é da diretora de E&P da Petrobras, Solange Guedes, quando indagada, em evento realizado pela Petrobras com a imprensa, no Rio de Janeiro, sobre o impacto de um não acordo com a ANP.
Embora ressalte que as discussões têm avançado e que a agência vem demonstrando grande cuidado na análise do pedido, Solange Guedes afirmou que “no limite, sem waiver, não terá projeto”. Apesar do risco e do fato de até o momento a ANP ter autorizado apenas um waiver, a executiva afirmou confiar na solução da questão.
O consórcio de Libra e a ANP têm realizado discussões sistemáticas sobre o pedido de Libra, fornecendo um grande volume de informações do processo. A diretora de E&P afirma que o consórcio tem buscado repassar à agência até mesmo um acompanhamento frequente da licitação.
O FPSO de Libra, em processo de licitação, está programado para ser instalado em 2020, quando o consórcio planeja colocar em operação o primeiro sistema definitivo do ativo. A unidade terá capacidade para produzir 180 mil b/d de óleo e comprimir 12 milhões de m³/d de gás natural.
Além de Libra, a Petrobras solicitou também pedido de waiver para o FPSO de Sépia, área da cessão onerosa da Bacia de Santos. Depois de concluir as duas licitações, a petroleira irá lançar ao longo de 2017 outras duas concorrências para o afretamento de novos FPSOS, possivelmente para Marlim, na Bacia de Campos, e Búzios, em Santos.