Não houve surpresa. A Petrobras adiou a entrega das propostas para os FPSOs de Sépia e Libra que estava prevista para esta segunda-feira(16). A nova data foi marcada para o dia 11 de fevereiro, caso a Petrobras consiga cassar a liminar conseguida pelo Sinaval, o sindicato que representa os estaleiros, que entrou com uma ação na justiça para para questionar os pedidos de waiver feitos pela companhia à ANP. O principal questionamento é referente às alegações da Petrobras, alardeadas pelas declarações do presidente Pedro Parente, de que os custos para fazer as unidades no Brasil seriam 40% superiores aos valores de execução no exterior, o que assustou todo o empresariado, já que muitos fornecedores de bens e serviços instalados no País têm alcançado altos níveis de competitividade nos últimos anos, inclusive com exportações para outros continentes. O discurso interno na Petrobras, no entanto, é de que a na companhia tomou esta decisão a pedido dos participantes, logo após o convite para a SBM participar das duas licitações. Os editais foram divulgados em agosto do ano passado.
Além da SBM Offshore, foram chamadas as empresas BW Offshore, Modec, Teekay, Bluewater, Bumi Armada, Saipem e Yinsonque. Mas não há informações seguras de quem realmente apresentará propostas. Se sozinhas ou em consórcio. Os FPSOs de Sépia e Libra, terão capacidade para produzir 180 mil barris/dia de óleo e programados para entrar em operação em 2019 e 2020, respectivamente. De acordo com os editais, a empresa que arrematar o FPSO Libra terá que cumprir 80% de conteúdo nacional, enquanto o vencedor de Sépia precisará atingir o patamar de 70%.