A Petrobras informou no dia 24 de janeiro(terça-feira), o volume de suas reservas provadas de petróleo (óleo, condensado e gás natural), apuradas no final de 2016, segundo os critérios ANP/SPE (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis / Society of Petroleum Engineers) e SEC (US Securities and Exchange Commission).
Reservas Provadas segundo critérios ANP/SPE — Segundo os critérios ANP/SPE, em 31 de dezembro de 2016, as reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras atingiram 12,514 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), conforme a Tabela 1, ante 2015, quando estes volumes foram 13,279 bilhões de boe.
Volumes de Reservas Provadas em 2016 (critérios ANP/SPE):
Discriminação | Reservas Provadas | |
---|---|---|
Petrobras | Óleo e Condensado (bilhão bbl) | 10,553 |
Gás Natural (bilhão m3) | 312,293 | |
Óleo Equivalente (bilhão boe) | 12,514 |
Os volumes de óleo, condensado e gás natural da Petrobras na Bolívia não são registrados, pois a Constituição do país não permite que as reservas sejam divulgadas pelo concessionário.
A Tabela 2, a seguir, detalha a evolução das reservas provadas em 2016, segundo os critérios ANP/SPE.
Evolução das Reservas Provadas em 2016 (critérios ANP/SPE):
Composição das Reservas Provadas |
Petrobras (bilhão de boe) |
---|---|
a) Reservas Provadas Dezembro/2015 | 13,279 |
b) Novas Descobertas e Novas Acumulações em 20161 | 0,110 |
c) Monetização de Reservas em 20162 | ‐0,153 |
d) Revisões em 20163 | 0,203 |
e) Balanço de 2016 (b+c+d) | 0,160 |
f) Produção do Ano de 2016 | ‐0,925 |
g) Variação Anual (e+f) | ‐0,765 |
h) Reservas Provadas Dezembro/2016 (a+g) | 12,514 |
1 Inclui Extensões, que compreendem ampliações da área de reservas provadas através de perfuração de poços após a descoberta. 2 Desinvestimentos, que representam a monetização antecipada das reservas. 3 Revisões baseadas em critérios técnicos (ex: características de reservatórios) e econômicos. |
Os principais fatores que impactaram as reservas foram:
- Incorporação de 0,110 bilhão de boe de reservas provadas devido, principalmente, à perfuração de novos poços no campo de Búzios (Bacia de Santos);
- Incremento de reservas provadas de 0,203 bilhão de boe, resultante da perfuração de novos poços de desenvolvimento da produção e melhor comportamento dos reservatórios das áreas em terra e marítima do pós-sal, no Brasil e nos EUA. No pré-sal, o incremento foi resultante de respostas positivas do comportamento dos reservatórios, dos mecanismos de recuperação (injeção de água) e da eficiência operacional dos sistemas de produção em operação, bem como da crescente atividade de perfuração e interligação de poços, na Bacia de Santos e na Bacia de Campos, ambas no Brasil;
- Desinvestimentos que proporcionaram a monetização antecipada de 0,153 bilhão de boe de reservas da Petrobras na Argentina e Venezuela;
- Produção de 0,925 bilhão de boe em 2016. Esse volume inclui a produção do xisto, porém não inclui o volume extraído em Testes de Longa Duração (TLD) e a produção da Bolívia. Os TLDs ocorrem em áreas exploratórias, onde ainda não foi declarada a comercialidade do campo e, portanto, não há reserva associada e, no caso da Bolívia, a Constituição do país não permite que as reservas sejam registradas pelo concessionário.
A Petrobras apresentou um Índice de Reposição de Reservas (IRR) de 34%, desconsiderando os efeitos dos desinvestimentos realizados em 2016. A relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 13,5 anos, sendo de 13,9 anos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento (ID), que é a relação entre as reservas provadas desenvolvidas e as reservas provadas, foi de 50% em 2016.
Reservas Provadas segundo Critério SEC
Segundo o critério SEC, em 31 de dezembro de 2016, as reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da Petrobras atingiram 9,672 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), conforme a Tabela 3. Em 2015, estes volumes eram de 10,516 bilhões de boe.
Volumes de Reservas Provadas em 2016 (critério SEC):
Discriminação | Reservas Provadas | |
---|---|---|
Petrobras | Óleo e Condensado (bilhão bbl) | 8,236 |
Gás Natural (bilhão m3) | 228,707 | |
Óleo Equivalente (bilhão boe) | 9,672 |
A evolução das reservas provadas, segundo critérios SEC, consta da Tabela 4 a seguir.
Evolução das Reservas Provadas em 2016 (critério SEC):
Composição das Reservas Provadas |
Petrobras (bilhão de boe) |
---|---|
a) Reservas Provadas Dezembro/2015 | 10,516 |
b) Novas Descobertas e Novas Acumulações em 20164 | 0,103 |
c) Monetização de Reservas em 20165 | -0,153 |
d) Revisões em 20166 | 0,131 |
e) Balanço de 2016 (b+c+d) | 0,081 |
f) Produção do Ano de 2016 | -0,925 |
g) Variação Anual (e+f) | -0,844 |
h) Reservas Provadas Dezembro/2016 (a+g) | 9,672 |
4 Inclui Extensões, que compreendem ampliações da área de reservas provadas através de perfuração de poços após a descoberta. 5 Desinvestimentos, que representam a monetização antecipada das reservas. 6 Revisões baseadas em critérios técnicos (ex: características de reservatórios) e econômicos. |
Os mesmos destaques feitos anteriormente para as reservas provadas segundo os critérios ANP/SPE se aplicam às reservas provadas segundo o critério SEC.
A principal diferença entre os critérios ANP/SPE e SEC é o preço do petróleo considerado no cálculo da viabilidade econômica das reservas.
Pelo critério SEC, a Petrobras apresentou um Índice de Reposição de Reservas (IRR) de 25%, desconsiderando os efeitos dos desinvestimentos realizados em 2016. A relação entre o volume de reservas e o volume produzido é de 10,5 anos, sendo de 10,7 anos no Brasil. O Índice de Desenvolvimento (ID) foi de 54% em 2016.
Vale registrar que a Petrobras, historicamente, certifica cerca de 95% de suas reservas provadas segundo os critérios SEC. Atualmente, a empresa certificadora é a D&M (DeGolyer and MacNaughton).