Estaleiro Atlântico Sul (EAS) tem tentado sobreviver para se firmar no mercado internacional e conquistar novos contratos
Também situado no Complexo de Suape, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) tem tentado sobreviver de outra forma. A empresa está angariando apoio político para poder competir com o mercado internacional e, consequentemente, conquistar novos contratos. Por isso, vai receber uma comitiva com membros do Ministério dos Transportes, do Fundo de Marinha Mercante e do Ministério de Minas e Energia na próxima segunda-feira (23).
Presidente do EAS, Harro Burmann explicou que o estaleiro foi o local escolhido para a celebração dos 60 anos do Fundo de Marinha Mercante. Afinal, está prestes a entregar o primeiro navio do tipo Aframax totalmente produzido em Pernambuco – o Castro Alves, petroleiro que voltou da prova de mar há poucos dias. Ele, no entanto, quer usar o evento em prol do EAS. “A expectativa é que os presentes se sensibilizem com o que vão ver aqui e nos ajudem a aprovar as medidas que nos dão a garantia necessária para destravar projetos”, afirmou.
Ele explicou que uma Medida Provisória está em tramitação no Congresso para mudar as regras do Fundo de Marinha Mercante. A ideia é criar um fundo garantidor para a indústria naval, que hoje, devido à falta de encomendas, não tem condições de oferecer garantias que os bancos exigem. O EAS, por exemplo, só tem mais quatro navios para terminar. Ou seja, não tem encomendas para trabalhar a partir de meados do próximo ano.