A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) pretende convocar representantes dos quatro consórcios proponentes da short list da Marinha que disputam a construção de quatro corvetas classe Tamandaré. O objetivo dos fornecedores é conhecer melhor as demandas de cada consórcio, além de apresentar os potenciais de fornecimento da indústria local. A associação considera possível atingir um percentual de 40% de conteúdo nacional nesses projetos.
A Abimaq disponibilizou seus associados para fornecimento desse pacote inteiro, com exceção do sistema de defesa. “Temos histórico de fornecimento para corvetas Barroso no passado e capacidade técnica. Facilmente a Abimaq, através de seus associados, consegue fornecer materiais suficientes para alcançar, já no primeiro projeto de corveta, os 40% de conteúdo local, que é intuito da indústria brasileira”, garantiu o vice-presidente da Abimaq no Rio de Janeiro, Marcelo Campos.
Campos disse que essa aproximação com proponentes da short list já vem se desenrolando há um tempo, e que a Abimaq está em contato com a Marinha desde início do projeto. Ele ressaltou que o reaparelhamento do programa de superfície da Marinha é estratégico para o país. “Para se ter soberania sobre esses projetos é imperativo que a Abimaq participe desse processo, em grande sinergia com a Marinha, para fornecer o maior número de equipamentos com qualidade e desempenho já provados em projetos anteriores e em projetos atuais”, comentou.
O vice-presidente da Abimaq-RJ acrescentou que projetos dessa relevância contam com indústria local em marinhas de todo o mundo, como a norte-americana, chinesa, francesa e italiana. “A indústria está muito próxima dos estaleiros já por conta do O&G e Naval, os quais já atendemos. Os requisitos de Marinha são um pouco diferentes, mas nada que não possamos atender. A questão é garantir que essas demandas tenham eco na indústria local”, defendeu. A Marinha informou que a decisão sobre a melhor proposta está prevista para dezembro deste ano.