A CBO entrará 2019 com uma frota consolidada de 33 embarcações de apoio marítimo. No final de outubro, o estaleiro Oceana (SC), que pertence ao grupo, entregou o CBO Terra Brasilis, último dos seis AHTS 18.000 (manuseio de âncoras) e que dá nome a essa série. Além dele, as outras cinco unidades (Bossa Nova; Iguaçu; Parintins; Xavantes; e Cabrália) possuem contratos com a Petrobras, referentes à sexta e sétima rodadas do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam).
O grupo destacou a performance do Oceana na construção da série Terra Brasilis e a entrega dentro do prazo, e com folga, previsto no contrato com a Petrobras. O co-CEO do grupo, Leonardo Gadelha, lembrou que poucos estaleiros ainda estavam com embarcações de apoio marítimo em carteira este ano. Antes dessa série de AHTS, o estaleiro entregou dois PSVs 4.500 (transporte e suprimento): CBO Oceana e CBO Itajaí.
A avaliação atual é que não deve haver uma demanda para construção de novos barcos de apoio marítimo no curto prazo. “Ainda não é possível dizer que o mercado está bom. Esperamos que a demanda chegue para o apoio offshore. Estamos vendo alternativas de manter o estaleiro operacional enquanto esse ciclo não vem”, contou Gadelha. Para buscar novos projetos para sua carteira, o grupo aposta nos investimentos que foram feitos nas instalações e na aquisição de equipamentos modernos, no nível alto de automação e na área ampla do estaleiro.
O grupo aguarda o resultado da concorrência da Marinha para construção de quatro corvetas da classe Tamandaré. A CBO é parceira do consórcio Águas Azuis, que tem a thyssenkrupp Marine Systems, Atech e Embraer S.A. Em caso de êxito do Águas Azuis, o estaleiro que não o integra a composição do consórcio em si, seria um parceiro para fornecimento das instalações e da mão de obra para construção dos navios.
A Marinha pretende divulgar o consórcio vencedor no primeiro trimestre de 2019. Cada corveta, que tem dimensões menores que um AHTS, tem custo de construção estimado em cerca de 300 milhões de dólares. Representantes de estaleiros e dos consórcios têm dito que o projeto das corvetas deve durar aproximadamente oito anos, desde a preparação no ano que vem até a construção a partir de 2020 e entrega das quatro unidades gradativamente.
Em novembro, a CBO assinou contratos de afretamento com a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) para o uso de PSVs para a campanha de perfuração no campo de Atlanta, na Bacia de Santos. As embarcações utilizadas serão o CBO Anitae o CBO Carolina, PSVs 3.000 (projeto UT715L). De acordo com a CBO, a previsão é que os barcos de apoio marítimo comecem a operar no início de 2019. Os PSVs vão operar por 180 e 90 dias, respectivamente. “Ainda que tímido, é um sinal de retomada do mercado. Estamos participando de outras concorrências semelhantes”, informou Gadelha.