FPSO da Modec passará por reparos no casco antes de deixar o país rumo à Turquia, onde deve virar sucata
O FPSO Cidade do Rio de Janeiro já está atracado no Estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, onde será submetido a operações de reparo antes de deixar o Brasil. A unidade de produção da Modec deixou o campo de Espadarte, na Bacia de Campos, na semana passada – mais de três meses após a detecção de trincas no casco da embarcação que ocasionaram vazamento de óleo residual.
A plataforma chegou às instalações do grupo cingapuriano na sexta-feira (6/12), rebocada por duas embarcações da Bokalis – Boka Manta e Boka Sherpa, conforme antecipado pelo PetróleoHoje.
O Jurong Aracruz fará a limpeza e o reforço estrutural do casco. As autoridades brasileiras estabeleceram prazo até 1º de fevereiro de 2020 para saída da embarcação do país.
A operadora japonesa de FPSOs afirma que a decisão sobre o destino da unidade ainda está sendo avaliada, mas é dado como certo seu remanejamento para Turquia, onde a plataforma deverá virar sucata.
As rachaduras no casco do FPSO foram detectadas durante sua desmobilização. A unidade entrou em operação para a Petrobras em 2007, e seu contrato foi concluído no final do ano passado.
Após o vazamento de óleo, a operação de desmobilização e transporte da unidade passou a ser coordenada em conjunto pela Petrobras e a Modec, com o assessoramento técnico da ANP, Marinha e Ibama. Fontes do setor afirmam que foram detectadas cinco trincas no casco.
Logo após constatar as trincas, a Modec determinou a retirada de 54 pessoas da embarcação. O Cidade do Rio de Janeiro já havia enfrentado outro problema semelhante, no início do ano, quando foi registrado um vazamento de óleo durante uma primeira operação de limpeza dos tanques.
Capacitada para produzir 100 mil bopd, processar 2,5 milhões de m³/dia de gás e estocar até 1,6 milhão de barris de óleo, a unidade foi convertida a partir de um casco já existente, que tem hoje mais de três décadas.
Instalada a 130 km da costa, em lâmina d’água de 1.350 m, a unidade foi uma das primeiras de grande porte afretadas pela petroleira brasileira.