EAS mapeou 350 embarcações com demandas para reparo

  • 11/06/2021

 

Levantamento considerou demandas de reparo para os próximos anos, entre as quais as docagens periódicas, realizadas a cada cinco anos, de acordo com principais clientes, tamanho do dique e localização do estaleiro.

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) mapeou 347 embarcações com potencial para fazer reparos em suas instalações nos próximos anos. A maior parte corresponde a navios de cabotagem com rotas regulares dentro do porto de Suape que podem ser uma vantagem. Apesar de navios de apoio marítimo serem menos competitivos devido às dimensões do empreendimento e porque a operação delas está mais concentrada na região Sudeste, o EAS afirma ter recebido cotações para reparos de supplies e não descarta prospectar serviços para este tipo de embarcação. O levantamento do EAS considerou as demandas de reparo nos próximos anos, entre as quais as docagens periódicas, realizadas a cada cinco anos, de acordo com principais clientes, tamanho do dique e localização do estaleiro.

A avaliação é que o Nordeste tem forte potencial para embarcações brasileiras de cabotagem que passam pelo Porto de Suape (PE). O estaleiro não mapeou embarcações de longo curso que passam por Suape e que também são potenciais clientes para docagens e reparos emergenciais. “Temos perspectiva muito boa em relação à demanda de reparo no Brasil, seja no EAS, seja em outros estaleiros”, disse a presidente do EAS, Nicole Terpins, durante webinar com fornecedores promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), nesta segunda-feira (7).

 

Nicole falou que o EAS vem tendo surpresa positiva em relação à procura do EAS por embarcações de apoio, embora de menor porte e que podem ser reparadas em estaleiros com instalações menores. No caso do reparo de grandes embarcações, como de cabotagem, o estaleiro brasileiro compete com estaleiros nacionais e internacionais. Armadores de cabotagem muitas vezes recorrem a estaleiros em países como Portugal, que tem tradição nesse tipo de serviço. No Brasil, Nicole vê como diferencial a possibilidade de financiamento através do Fundo da Marinha Mercante (FMM), seja por empréstimo para reparo, seja pelo crédito do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante — AFRMM (conta vinculada).

Desde outubro de 2020, o EAS concluiu os reparos de seis navios e negocia a docagem e reparo junto a outros armadores. O portfólio inclui serviços para dois navios de cabotagem da Flumar — Flumar Brasil, entregue em janeiro de 2021, e Bow Atlantic, entregue em novembro de 2020, além do navio Forte Copacabana, da Elcano, que atracou para substituição da bucha do leme no final do ano passado.

“No final de 2019, estávamos prospectando mercado, não tínhamos carteira implementada para mostrar aos nossos clientes. Hoje já somos uma das principais opções para mercado no reparo mercado naval”, afirmou o diretor do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), Leo Delarole. Ele contou que existem três contratos em andamento envolvendo navios da Log-In: Log-In Resiliente, que está fazendo docagem de classe. Na sequência, estão previstos o Log-In Endurance o Log-In Jatobá. Delarole contou que o pipeline em discussão reúne, ao menos, 11 navios para docagens de classe, serviços intermediários ou emergenciais.

Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira
11/06/2021|Seção: Notícias da Semana|Tags: , |