Ativo do grupo Ecovix realizou dois reparos entre final do ano passado e começo de 2022. Empresa dialoga com estaleiro EBR sobre potenciais parcerias em projetos de plataformas.
O Estaleiro Rio Grande (RS) continua a prospectar novos negócios. Apesar do foco na construção, a Ecovix, que administra o ativo, estuda outras potenciais atividades, desde reparos e descomissionamento a mercados em desenvolvimento, como o de eólicas offshore. O grupo avalia que o plano de recuperação do estaleiro tem seguido seu rito e que, por conta do cumprimento das exigências, não haverá nenhum tipo de entrave a potenciais novos negócios. A empresa também vislumbra uma parceria para projetos no setor de petróleo e gás.
O diretor operacional da Ecovix, Ricardo Ávila, destacou que o estaleiro realizou dois reparos para navios da Siem Offshore, armador estrangeiro, entre o final do ano passado e o início de 2022. Ele explicou que um dos desafios para o estaleiro participar das concorrências por esses serviços é a proximidade dos ativos do Sudeste, principal centro de reparação. “Temos alguns orçamentos para reparos na rua. É um mercado muito competitivo, mas algumas propostas podem ser convertidas em negócios”, contou Ávila.
O grupo também participou do processo de orçamento da FPSO P-79, que será fornecida para a Petrobras pelo consórcio formado por Saipem e DSME. O estaleiro EBR, localizado próximo ao ERG, construirá sete módulos para esta plataforma, que vai operar no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Avila acredita na possibilidade de uma parceria com o EBR para projetos da área de petróleo e gás. “Tabulamos algumas conversas com o EBR para ver se conseguimos ajudá-los e temos conversado para oportunidades futuras. Talvez surja a sinergia de um pequeno polo naval no sul do país”, projetou.
A Ecovix também olha para oportunidades de construção e logística das estruturas para os parques offshore, assim como para atuar como uma base de apoio à operação e à manutenção desses ativos. O ERG já recebeu visitas de empresas interessadas, mas a Ecovix acredita que a demanda deva se materializar entre 2023 e 2024. A empresa vê competitividade de seu estaleiro principalmente em projetos no Rio Grande do Sul devido à proximidade dos futuros parques. O estado possui capacidade em áreas de profundidade de até 50 metros, segundo o Plano Nacional de Energia.