Projetos preveem construção de 400 unidades, com obras em 4 estaleiros nas regiões Norte e Nordeste. Montante foi aprovado em reunião extraordinária do conselho do fundo setorial
O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) aprovou R$ 2,9 bilhões em prioridades para construção de um total de 400 balsas mineraleiras para navegação interior. Os projetos foram pleiteados pela MCR Logística e tem obras previstas para 4 estaleiros das regiões Norte e Nordeste. Os projetos foram priorizados durante a 10ª reunião extraordinária do CDFMM, realizada em outubro de 2023, na modalidade híbrida (presencial e à distância). O montante está destinado a quatro projetos hidroviários e tem como objetivo ampliar a capacidade do transporte de minério de ferro e manganês por meio das hidrovias brasileiras.
A empresa obteve R$ 909,3 milhões em prioridades para construção de 128 balsas mineraleiras, das quais 64 do modelo box 3.000 de toneladas de porte bruto (TPB) e outras 64 modelo Raked 2.927 TPB no estaleiro Juruá (AM). O CDFMM também aprovou prioridades de R$ 452,6 milhões para construção de 64 balsas mineraleiras, sendo 32do modelo box 2.853 TPB e 32 do modelo raked 2.695 TPB, no estaleiro Eram (AM).
O conselho diretor concedeu prioridade de financiamento para a construção de 128 balsas mineraleiras, sendo 64 modelo box 3.080 TPB e 64 modelo raked 2.800 tpb, no estaleiro Rio Maguari (ERM), no valor de R$ 955,3 milhões. O CDFMM priorizou ainda a construção de 80 balsas mineraleiras, sendo 40 modelo box 2.900 TPB e 40 modelo raked 2.900 TPB no Estaleiro Enseada (BA), no total de R$ 611,7 milhões.
Os pleitos foram protocolados pela MCR em agosto e as aprovações foram publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira (5). A resolução do CDFMM terá vigência de 450 dias, contados a partir da data de publicação. O Ministério de Portos e e Aeroportos (MPor) estima que as obras das 400 barcaças gerem cerca de 8.500 empregos diretos e indiretos, distribuídos na construção, operação e manutenção das balsas.
Os projetos deliberados pelo CDFMM podem ter financiamento de até 90% pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM). O custo da contribuição financeira do FMM dependerá do percentual de conteúdo nacional e do tipo de embarcação, sendo essas condições definidas na resolução 5.031/2022 do Conselho Monetário Nacional (CMN). A 54ª reunião ordinária do conselho está prevista para a próxima quinta-feira (7).
Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira