Após publicação de edital da Transpetro para aquisição de 4 navios, Sinaval destacou que indústria naval está pronta para projetos e que conta com parque instalado de nível mundial.
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore informou, nesta segunda-feira (8), que recebeu com satisfação a licitação da Transpetro, a qual considera reforçar o compromisso com a retomada do setor naval nacional. O Sinaval destacou que a indústria está pronta para operar e que os estaleiros contam com um parque instalado de nível mundial, com investimentos de modernização e construção recentes de novas plantas, além de recursos aplicados em gestão, governança e integridade.
“A nova licitação é um marco para a navegação brasileira, que tanto esperou para voltar a impulsionar o motor da economia que cerca essa atividade, ajudando no desenvolvimento econômico e social do país”, manifestou o sindicato em nota.
A diretoria da Transpetro considera que todos os estaleiros nacionais de grande porte estão aptos, desde que comprovem capacidade econômica e técnica. Caso contrário, o concorrente poderá ser desclassificado, conforme preveem as regras da licitação. “Acredito que os estaleiros nacionais vão responder à nossa demanda porque estão, há muitos anos, sem ter encomendas. E acredito que teremos proposta não só de estaleiros nacionais como de internacionais porque há muito tempo não se tinha demanda”, comentou o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (8), na sede da empresa, no Rio de Janeiro (RJ).
A estratégia por construir, em vez de afretar esses navios levou em conta as regras de governança da holding, que faz estudos para verificar o que é melhor para o sistema Petrobras, além de diálogos com todos setores da empresa nos últimos anos, mostrando números estimados de quanto custa afretar, construir no Brasil e construir no exterior,
“Houve um diálogo amplo entre a Transpetro e o sistema Petrobras. Chegou-se à conclusão que é mais barato para o sistema Petrobras hoje construir do que afretar porque esses navios handy são de baixa liquidez no mercado — não tem tanto navio no mercado, o que encarece o preço do afretamento. É mais interessante para o sistema Petrobras construir para fazer frente à baixa liquidez que existe no mercado”, argumentou.
A licitação dos quatro primeiros navios é aberta e internacional. Bacci frisou que a legislação não proíbe que estaleiros em recuperação judicial participem desses projetos, desde que comprovem a capacidade técnica e econômica. “Todos os estaleiros que cumprirem os requisitos técnicos e econômicos da concorrência estão aptos para construir os navios que serão adquiridos”, garantiu.
O presidente da Transpetro ressaltou que a licitação seguiu integralmente as regras de governança e integridade do sistema Petrobras e que todos os estudos demonstram a economicidade favorável à aquisição dos novos navios frente ao afretamento de embarcações. “Essas aquisições de navios anunciadas hoje são grande estímulo à indústria naval brasileira e esperamos que os estaleiros nacionais aproveitem esta oportunidade”, afirmou.