Apoio marítimo tem quase 400 embarcações para docagem entre 2026 e 2030

  • 15/07/2025

De 2023 a 2025, CDFMM priorizou cerca de R$ 840 milhões para docagens e R$ 860 milhões para modernização e conversão de embarcações de apoio offshore

A frota de apoio marítimo que opera em águas jurisdicionais brasileiras (AJB) tem uma previsão de docagem de classe de 380 embarcações entre 2026 e 2030, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima e a Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam). O vice-presidente do Syndarma/Abeam, Paulo Mediano, disse que esse volume é preciso devido ao tamanho da frota brasileira que demanda docagens obrigatórias a cada cinco anos, além das manutenções.

Aproximadamente 70% das embarcações são de porte médio ou superior, com mais de 60 metros de comprimento. A avaliação é que o setor terá como desafio se preparar para atender com capacidade de docagem e manutenção. Mediano ressaltou que, no caso das empresas verticalizadas, que possuem estaleiro próprio, o planejamento das docagens das embarcações fica um pouco mais facilitado.

“A operação verticalizada fica mais fácil. Outras empresas dependem de outros estaleiros para fazerem suas manutenções e docagens. É preciso estar preparado para atender a essa demanda”, analisou Mediano, no último dia 2, durante o workshop ‘Reparo e Manutenção Naval no Brasil’, promovido pelo Sinaval e pela Abeemar, no Rio de Janeiro (RJ).

Entre 2023 e 2025, o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) priorizou a docagem de 54 embarcações de apoio marítimo no montante de R$ 837,8 milhões. Apesar de inferior ao valor disponibilizado para novas construções, o montante é considerado expressivo. Nesse período, o CDFMM priorizou R$ 858,9 milhões para modernização e conversão de 47 embarcações de apoio offshore. Mediano observa que esse movimento está em curso e que não se tem notícia de embarcações de apoio marítimo fazendo manutenção fora do Brasil.

No evento, o vice-presidente do Syndarma/Abeam destacou que o segmento conseguiu junto ao Congresso a alteração na legislação que permitiu que empresas utilizem o Fundo da Marinha Mercante (FMM) para reparo e manutenção, o que vai aumentar bastante a demanda e facilidade de fazer reparos no país, com o prazo de amortização do financiamento ampliado de 2 para 5 anos, facilitando o pagamento da dívida em prazo mais alongado.

Fonte: Portos e Navios – Danilo Oliveira
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