2º Workshop sobre Desmonte de Navios

  • 21/03/2018

A Industria de Construção naval e Offshore está em busca de novas oportunidades em face da crise que afeta nosso País. Os Estaleiros, no momento, estão com ociosidade por causa de ausência de demandas de construção. Assim sendo duas atividades surgem no horizonte: reparos navais e descomissionamento, também denominado de desmonte ou desmantelamento. Vamos abordar este último assunto que é novo para o mercado brasileiro, e que ainda carece de ajustes. O descomissionamento pode ser de embarcações inservíveis ou de plataformas em fim de ciclo.

No mundo desmantela-se cerca de 700 a 800 embarcações por ano, sendo 50% de médio a grande porte, e a maioria dos casos é desmantelada na Ásia em países como Índia, Bangladesh, Turquia, Paquistão e China e forma inadequada sem respeito a responsabilidade social e ao meio ambiente.

Mas este quadro está se alterando rapidamente em face das exigências da Organização Marítima Internacional (IMO) através da Hong Kong Convention (HKC-2009) e pela União Europeia através da Ship Recycling Regulation (SRR-2013). O SRR foi baseado na HKC, porém incluiu requisitos adicionais em termos de segurança e meio ambiente. Uma das principais exigências é que os navios só podem ser enviados para reciclagem em instalações certificadas pela UE. Abre-se um espaço para estaleiros brasileiros e para a cadeia produtiva deste segmento.

No Brasil estimam-se que cerca de 67 embarcações de vários portes estariam aptas para desmonte hoje e outros 69 estariam fora de seu ciclo nos próximos dez anos.

Fundamentado nestas premissas, a SOBENA – Sociedade Brasileira de Engenharia Naval, decidiu constituir um Comitê Técnico para desenvolver um Workshop sobre desmonte de navios a ser realizado em 29 de maio de 2018, no Rio de Janeiro, para discutir as últimas novidades e tecnologias neste novo campo de atividade para o Brasil.

Fonte: SOBENA
21/03/2018|Seção: Notícias da Semana|Tags: , |