O novo diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, assumiu nesta quarta-feira o comando da agência reguladora. Tem mandato até dezembro de 2024 e substitui Raphael Moura, que deixou o comando interino da agência.
Saboia foi indicado para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro em março, logo após a renúncia de Décio Oddone, e sabatinado e aprovado pelo Senado em outubro. Assume o cargo ainda durante a pandemia da covid-19, que já matou mais de 180 mil pessoas no país.
Rodolfo Saboia é bacharel em Ciências Navais pela Escola Naval (1978), mestre no Curso de Comando e Estado-Maior, doutor em Política e Estratégia Marítimas, ambos pela Escola de Guerra Naval, e especialista em Gestão Internacional pela Coppead-UFRJ. Seu último cargo na Marinha foi de superintendente de Meio Ambiente da Diretoria de Portos e Costas (DPC), até agosto de 2020.
Vai comandar a ANP durante a retomada dos leilões de áreas para exploração e produção. Para 2021, o governo tem agendado a realização da 17a rodada e o rebid das áreas de Sépia e Atapu, campos da cessão onerosa que foram licitados em 2019, mas não receberam propostas.
Também estará na pauta da agência no próximo ano a abertura dos mercados de refino e gás natural, mudanças no mercado de biocombustíveis e as discussões sobre transição energética e economia de baixo carbono.
Saboia enxerga que as questões ambientais vêm transformando os combustíveis fósseis em uma espécie de vilão global. Ele acredita que o país precisa ser ágil e inteligente se quiser transformar suas reservas de petróleo e gás em riqueza e prosperidade para os brasileiros. Apontou o pico da demanda global por petróleo em 2040, quando se espera o declínio a partir de então.