O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Rodolfo Saboia, abriu agora há pouco a sessão pública da 17ª Rodada, no Rio de Janeiro. Em seu discurso, Saboia frisou que o leilão acontece em um momento importante e crítico do setor, já que o mundo caminha para a transição energética. Por isso, em sua avaliação, o país deve aproveitar o momento para converter suas reservas de recursos de hidrocarbonetos em riquezas para a sociedade brasileira.
“A realização da 17ª Rodada decorre do senso de urgência que advém da responsabilidade com o futuro do país. A transição energética é uma realidade e representa uma janela para que a sociedade possa transformar em riqueza os recursos petrolíferos”, avaliou. “Essa janela não ficará aberta para sempre. Precisamos avançar na exploração e produção desses recursos para que o Brasil tenha mais emprego, renda e participações governamentais”, acrescentou.
Saboia também disse que a ANP arrecadou R$ 47 bilhões em royalties e participações especiais no último ano. A previsão para 2021 é que esse número ultrapasse os R$ 70 bilhões. O diretor da ANP também falou do aspecto ambiental e frisou que os blocos que serão ofertados hoje foram analisados previamente por órgãos ambientais e que a agência não lícita áreas para as quais existem objeções.
Como mostramos ontem, sindicatos e ambientalistas prometem protestos e fazem críticas ao certame. O principal ponto de atrito acontece por conta das fronteiras exploratórias consideradas sensíveis ecologicamente, especialmente a porção marítima da Bacia Potiguar, que está próxima do arquipélago de Fernando de Noronha e do Atol das Rocas.
Ao todo, a 17ª Rodada está ofertando 92 blocos, localizados em 11 setores de elevado potencial e de nova fronteira de quatro bacias sedimentares marítimas brasileiras: Campos, Pelotas, Potiguar e Santos.