A Aliança Navegação e Logística, operadora logística brasileira pertencente ao grupo A.P. Moller-Maersk, está construindo as duas primeiras barcaças oceânicas para transporte de contêineres do Brasil. O projeto, que teve início em dezembro de 2021, inclui dois empurradores, que serão construídos pelo Estaleiro Rio Maguari, em Belém (PA), com previsão de entrega até 2024.
As novas barcaças e empurradores foram especialmente projetados para operar em mar aberto e com capacidade de transporte de 700 TEUs, aproximadamente quatro vezes mais do que as já existentes no Brasil.
Essas barcaças oceânicas de transporte de contêineres são as primeiras desse modelo no Brasil. Além disso, seus propulsores estarão aptos a serem atualizados para futuramente utilizar combustíveis neutros como metanol.
Líder de mercado brasileiro na indústria de barcaças e rebocadores, o Estaleiro Rio Maguari conta com a participação da empresa canadense Robert Allan, que atua no desenvolvimento do projeto das barcaças junto à A.P. Moller-Maersk.
O investimento total da Aliança será de 300 milhões de reais. A empresa está utilizando os recursos financeiros da conta vinculada de AFRMM (Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante), gerados pela sua operação de cabotagem. O projeto teve início em dezembro de 2021 e a construção iniciará até o fim deste ano.
A construção vai gerar 300 novas oportunidades de emprego na região, desenvolverá novas tecnologias na indústria nacional, além de mais 30 vagas para tripulantes, que serão ocupadas quando o projeto for entregue.
Mark Juzwiak, diretor de relações institucionais da Aliança, diz que tem orgulho em dizer que as construções e 100% da tripulação levarão a bandeira brasileira. “A cabotagem é uma excelente opção de modal e a Aliança acredita no potencial do mercado brasileiro, por isso continuaremos aumentando nossos investimentos e reafirmando o compromisso com o fortalecimento da logística brasileira”.
As embarcações destinadas à navegação costeira vão impulsionar a cabotagem brasileira, atendendo à crescente demanda do mercado de modo mais eficiente, diversificando a matriz logística e adaptando-se às novas necessidades do mercado. A empresa não divulgou em quais rotas irá empregar as embarcações, mas a Aliança garante que trará avanços na logística do país.