Instituto Pan-americano de Engenharia Naval busca integração comSobena e pretende alinhamento às políticas públicas do novo governo
O Instituto Pan-americano de Engenharia Naval (Ipen), com sede no Rio de Janeiro (RJ), foi criado em 1996 e agregava países da América Latina como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Peru, México, Uruguai e Venezuela. Em 2014, com a criação do Ipin Américas, sua sede mudou para a Colômbia e o Ipin passou a organizar todos os congressos pan-americanos de engenharia naval desde então, inclusive o último, em 2022, XXVII na cidade de Havana, em Cuba. No Brasil, o Ipen precisou se readaptar.
Segundo o presidente do Ipen, Rui Carlos Botter, o Brasil mudou muito nos últimos anos e o instituto sentiu a necessidade de trazer o conhecimento das atividades dos demais nove países associados ao Ipin Américas para a comunidade brasileira. “O Ipen Brasil resistiu e foi aguardado o momento certo para formatá-lo. Na realidade, o Ipen Brasil nunca encerrou suas atividades”, declarou.
A iniciativa partiu das universidades que têm o curso de Engenharia Naval como as universidades: UFPA, UFRJ, UERJ, USP, UFABC e UFSC (Campus de Joinville). Há ainda a possibilidade de instituições no Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Sul e a Fatec-Jahu comporem o quadro. Segundo Botter, os principais temas abordados buscarão uma integração com a Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) e estarão alinhados às políticas públicas do novo governo, visando oferecer para a comunidade de alunos e de profissionais informação confiável e de fácil acesso.
“Queremos divulgar o que nesses quase 60 anos de Instituto foi gerado em termos de trabalhos em congressos e simpósios e dar continuidade aos mesmos, mas trazendo a experiência e a participação do que existe nos demais 9 países associados”, comentou o presidente.
O instituto também pretende buscar e oferecer estágios especializados aos alunos de graduação, incentivar e subsidiar alunos em nível de pós-graduação com base nos acordos já assinados entre as universidades latino-americanas no intercâmbio entre países, entre outras atividades. E tem como objetivo, em 2023, preparar um painel e levar a experiência da Colômbia no Rio Madalena, além de contribuir com trabalhos acadêmicos relevantes das universidades brasileiras no Seminário Internacional sobre Hidrovias.
As universidades que têm o curso de Engenharia Naval organizaram uma chapa para a nova diretoria, aprovada em outubro de 2022. Botter afirma que haverá a transferência da sede do Rio de Janeiro para São Paulo e objetivo é que cada novo presidente possa ‘levar’ a sede para seu estado quando eleito. Além disso, a operacionalização do Ipen Brasil se dará centrada em um secretário geral e colaboradores associados, com a supervisão direta da diretoria executiva e do conselho consultivo.
Confira abaixo a nova estrutura organizacional do IpenBrasil: