Associação propôs ao MME que projetos usem estaleiros e indústria nacional existente e abasteçam plataformas de petróleo
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) propôs ao Ministério de Minas e Energia (MME) que os projetos de energia eólica offshore sejam executados com o uso de estaleiros e indústria nacional existente, e que a cadeia produtiva seja gradativamente ampliada.
A sugestão integra a contribuição enviada pela Abeeólica para a consulta pública aberta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para discutir “Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada”, caminhos para o setor de O&G viabilizar a nova economia verde.
De acordo com a associação, o objetivo é fomentar “a transição energética da indústria e gerar empregos tecnológicos e de alto valor agregado”.
O setor aguarda a aprovação do marco legal das eólicas offshore no Senado para começar a tirar do papel os mais de 200 GW de projetos em licenciamento atualmente no Ibama.
O projeto de lei voltou a tramitar no Senado em abril, quatro meses após ser aprovado na Câmara dos Deputados, com uma série de emendas não diretamente relacionadas ao tema principal. A relatoria do PL 576/2021 é do senador Weverton (PDT/MA).
A presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, afirmou à epbr na ocasião que estava otimista em relação à aprovação pelo Senado, sem as emendas não relacionadas à eólica offshore.
Renovação da frota e abastecimento de plataformas
A Abeeólica também defendeu na consulta pública o incentivo à renovação da frota marítima do país com embarcações de baixa emissão de carbono.
Entre as tecnologias sugeridas estão: embarcações elétricas para transporte de pessoas em curtas distâncias (ferry-boats), utilização de novos combustíveis (etanol, metanol, hidrogênio verde e amônia), aplicação de bancos de baterias nas embarcações.
Outra sugestão foi o uso da energia eólica offshore para alimentar as plataformas de óleo e gás, para reduzir a necessidade de queimar combustíveis fósseis para gerar energia.
Também propôs que seja fornecida energia proveniente de fonte renovável para as embarcações que estejam atracadas nos portos brasileiros.