“A ideia é refazer o casco para que ele possa ser usado em outro projeto no futuro”, explicou a diretora de Engenharia e Tecnologia da Petrobras, Renata Baruzzi, em evento realizado na Firjan sobre o Plano de Negócios 2026-2030 da estatal
A Petrobras lançou, nesta sexta-feira (5), a licitação para o reaproveitamento dos topsides dos FPSOs P-35 e P-37, informou a diretora de Engenharia e Tecnologia da Petrobras, Renata Baruzzi, em evento realizado na Firjan sobre o Plano de Negócios 2026-2030. As propostas enviadas serão abertas pela estatal no dia 10 de fevereiro de 2026.
A licitação contempla o projeto de engenharia, preparação e remoção dos sistemas de casco e topside, destinação final do material, guarda de equipamentos e tratamento de efluentes e resíduos sólidos e venda do topside como sucata coletado a partir do desmantelamento do topside que seja considerada como viável para venda.
“A ideia é refazer o casco para que ele possa ser usado em outro projeto no futuro. Essas estruturas vão passar por uma limpeza, alguns equipamentos vão ser reutilizados, e o que precisar ser reforçado será reforçado. A gente vai ficar só com o casco, e vamos construir tudo novo ‘para cima’”, explicou Baruzzi.
A diretora também informou que o edital do projeto de engenharia e desmantelamento da P-26 e da P-19 já foi divulgado. “Essa é uma etapa anterior porque, para a gente conseguir colocar o nosso plano de desenvolvimento na ANP, precisamos ter em mãos o projeto de engenharia”, disse Renata.
O objetivo é que o desmantelamento dessas unidades seja feito no Brasil. “Até porque essas plataformas nem aguentam serem levadas para fora”, afirmou.
Adicionalmente, Baruzzi reiterou que a equipe da Petrobras está discutindo em quais projetos esses cascos serão reaproveitados. “Pode ser Barracuda-Caratinga, Marlim Sul e Marlim Leste, entorno de Forno, Parque das Baleias… o pessoal está estudando uma série de alternativas”, finalizou.
A P-35 operou entre 1999 e 2021. Já a P-37 produziu entre 2000 e 2019. A P-26, por sua vez, operou entre 1998 e 2020. Por fim, a P-19 produziu entre 1997 e 2022. As quatro plataformas operavam no campo de Marlim, na Bacia de Campos.




