Vamos começar a semana com uma nova entrevista especial na nossa série Perspectivas 2026. Hoje (22), o convidado é o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, que faz um balanço positivo sobre os avanços alcançados em 2025 e traz projeções positivas para o próximo ano. O entrevistado lembrou que a empresa já concluiu a etapa de contratação de quatro navios da classe Handy e está na reta final do processo para aquisição de oito novos navios gaseiros. “Demos também mais um passo para a entrada em um novo modal logístico, com a abertura das propostas comerciais da licitação pública para aquisição de 18 barcaças e 18 empurradores”, acrescentou. Para 2026, Bacci diz que a Transpetro continuará com a execução dos projetos iniciados em 2025, com ênfase para as licitações vinculadas à retomada da indústria naval. O presidente ainda revela que a companhia vai manter “o foco no desenvolvimento de novas oportunidades de negócio e na ampliação das infraestruturas de logística”.
Como foi o ano de 2025 para sua empresa e seu setor?
O ano de 2025 foi marcado por avanços que reforçaram o compromisso da Transpetro com o crescimento e a diversificação de negócios. Concluímos a etapa de contratação de quatro navios da classe Handy, dentro do programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras, e estamos na reta final do processo para aquisição de oito novos navios gaseiros. Recentemente, publicamos o edital para contratação de quatro navios de médio porte, cuja licitação está em andamento.
Demos também mais um passo para a entrada em um novo modal logístico, com a abertura das propostas comerciais da licitação pública para aquisição de 18 barcaças e 18 empurradores. Essa iniciativa marca o início da atuação da companhia na navegação interior voltada ao transporte de combustíveis nos principais portos da costa brasileira.
Reforçamos nossa atuação nos eixos social e ambiental com a implementação de ações, como o projeto Terminal + Sustentável, voltado à descarbonização e à preservação ambiental nas unidades operacionais. Também ampliamos investimentos em responsabilidade social para fortalecer a relação com as comunidades onde atuamos e atender objetivos estratégicos, como garantir a integridade dutoviária e estreitar vínculos com as populações vizinhas aos nossos terminais. Até o final de 2025, serão investidos R$ 16 milhões em hortas comunitárias, áreas de lazer e convênios para qualificação profissional.
Se fosse consultado, quais são as suas sugestões para melhorar ainda mais o ambiente de negócios em seu setor?
O governo Lula está comprometido com o desenvolvimento de políticas industriais essenciais para estimular a cadeia de fornecedores a aproveitar as oportunidades de negócios e tornar o cenário interno mais seguro e atraente a novos investimentos.
O governo restituiu a política de conteúdo local, criou o mecanismo de depreciação acelerada para os navios tanques e gaseiros e voltou a aprovar projetos com financiamento do Fundo de Marinha Mercante (FMM).
No ano passado, o FMM aprovou mais de R$ 30 bilhões para o financiamento de 430 projetos, entre construção de embarcações, reparos navais e obras portuárias. Foi o maior montante anual desde 2012, e, neste ano, o Fundo já aprovou mais de R$ 22 bilhões em financiamentos para o setor naval.
Após quase três anos de governo Lula, temos um horizonte de encomendas perenes. O governo Lula, a Petrobras e a Transpetro estão comprometidos com o desenvolvimento socioeconômico do país.
Por último, quais são as perspectivas de sua empresa para 2026?
Em 2026, a Transpetro seguirá com a execução dos projetos iniciados em 2025, com destaque para as licitações vinculadas à retomada da indústria naval. A companhia mantém o foco no desenvolvimento de novas oportunidades de negócio, na ampliação das infraestruturas de logística, tanto marítimas quanto nas novas oportunidades em terra, e na ampliação do portfólio de serviços que entregamos.
Como empresa multimodal, buscamos expandir continuamente nossa atuação por meio da integração entre diferentes modais logísticos. Nosso plano é incrementar a infraestrutura já existente com novas soluções de transporte, ampliando a capacidade de atendimento.
