O leilão do campo de Libra estabeleceu um nova parceria para a exploração de petróleo no Brasil. Este novo formato é o consórcio da Petrobras com a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as estatais chinesas CNPC e CNOOC. Embora o debate na imprensa tenha mantido o foco na questão do fracasso ou sucesso do novo marco regulatório, a realidade é bem mais ampla.
Uma nova fase vai começar no segmento de produção de petróleo no Brasil. Esta nova fase, que começa com os desafios e investimentos em Libra, continuará com a licitação, pelo regime de concessão, do campo produtor na bacia de Sergipe-Alagoas e com o início da exploração comercial do campo de Franco, no pré-sal da bacia de Santos.
Este conjunto de fatores apontam para três situações que merecem toda a atenção:
Vamos assistir de agora em diante uma fase de intensa demanda por navios e equipamentos de exploração e produção offshore; os custos desses equipamentos estão aumentando no Brasil e nos demais países que os produzem; uma grande esforço de aumento de produtividade deverá ser realizado implicando em maior parceria e colaboração construtiva internacional.
Existe grande oportunidade para os estaleiros brasileiros e os trabalhadores deste setor desde que exista aumento de produtividade para ampliar os fornecimentos locais.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore
Artigo para o jornal O Fluminense