A construção naval brasileira tem a maior parte das suas encomendas do segmento de petróleo e gás. São navios petroleiros, gaseiros, de apoio marítimo, sondas de perfuração e plataformas de produção de petróleo. Os contratos refletem a posição de destaque que o Brasil passou a ocupar no cenário mundial de produção de petróleo.
O transporte marítimo de mercadorias ao longo da costa brasileira, é chamado de navegação de cabotagem, numa alusão ao passado quando a navegação ao longo da costa era orientada pelos marcos geográficos costeiros. Atualmente a frota de navios, com bandeira brasileira, que faz o transporte marítimo entre os nossos portos é pequena para a demanda existente. O resultado é que navios de bandeira internacional recebem permissão especial para atuar neste segmento que, por legislação, cabe aos navios brasileiros.
Para ampliar a oferta de transporte marítimo ao longo da nossa costa é necessário a construção local dos navios e apoio aos armadores para contratar o aumento da frota. Essa é uma das propostas que a Frente Parlamentar da Indústria Marítima, formada por deputados federais e senadores, está levando ao governo da Presidenta Dilma.
Como benefícios haverá maior geração de emprego na construção naval e na operação dos navios. Maior competição para o transporte de cargas de Rio Grande a Manaus, com redução de custos e maior utilização dos portos em expansão. Chegou a hora de ampliar investimentos em infraestrutura.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore
Artigo para o jornal O Fluminense