A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, participou na manhã de ontem (8) de mesa redonda promovida pela Associação Mundial do Aço (World Steel Association) em conferência realizada em São Paulo. A executiva destacou a política de conteúdo local do governo brasileiro e da companhia, ressaltando que estamos construindo unidades de produção no Brasil com eficiência, buscando equilíbrio entre custos e prazos. “Muitas sondas e plataformas encomendadas pela Petrobras fora do país tiveram atraso na entrega”, lembrou a presidente.
“Nos últimos dez anos, pudemos ver no Brasil um trabalho muito forte de evolução conteúdo local, muito bem estruturado. A iniciativa partiu da realidade brasileira, das indústrias de bens e serviços – o que elas podiam fazer à epoca. Hoje conseguimos construir nos estaleiros brasileiros unidades de produção com até 34 meses de fabricação, na média mundial”, afirmou a executiva. Graça lembrou que a companhia contratou 28 sondas de perfuração para águas ultraprofundas a serem construídas pela primeira vez no Brasil, com conteúdo local de 55 a 65%. “O que pode ser feito no Brasil deve ser feito no Brasil, desde que isso traga valor para a Petrobras”, enfatizou.
Em painel que contou com a participação de Cledorvino Belini, CEO do Fiat Group Latin America, Marcelo Odebrecht, CEO da Odebrecht e Harry Schmelzer Jr, diretor-presidente da WEG, Graça destacou a importância do aço para as atividades atuais e futuras da companhia, ressaltando que 70% a maior parte da matéria-prima comprada pela Petrobras é destinada à área de exploração e produção. Nas atividades no mar (offshore), lembrou, há grande necessidade de aços especiais, que permitem diminuir a corrosão causada pela hostilidade do ambiente marinho.