Faleceu na madrugada de ontem, quarta-feira, em Petrópolis, o jornalista Sergio Barreto Dantas Motta, aos 66 anos. Natural do Rio de Janeiro e formado em Direito pela Universidade Federal (UFRJ), ele trabalhou nos principais jornais de Rio e São Paulo. Como repórter de economia passou pelas redações de O Globo, O Estado de S. Paulo, Última Hora e Jornal do Commercio, além de ter sido por muitos anos correspondente do Diário de Notícias de Portugal. Profundo conhecedor do setor marítimo, também trabalhou para as revistas europeias especializadas Seatrade, Fairplay e Tradewinds.
Quando esteve fora das redações, atuou como assessor de imprensa do Serviço Social do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Sesc-RJ) e da Secretaria de Transporte do Estado do Rio. Há mais de 15 anos era responsável por “Primeira Linha”, coluna sobre economia do MONITOR MERCANTIL que, na sua última participação, na edição desta quarta-feira, abria com o título: “Baixo preço do petróleo preocupa produtores”.
Comunidade marítima manifesta perda
O presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, afirmou que o jornalista era um “excelente companheiro; entendia muito da construção naval brasileira; era um grande colaborador do segmento, uma pessoa muito importante para o setor e para o Brasil. Sua morte é uma grande perda não só para a indústria naval, mas para todos os segmentos econômicos: Ele primava pela verdade dos fatos e da realidade brasileira para a geração de emprego e renda. Ele pensava no Brasil”, resumiu Rocha.
“Ficamos consternados com a triste notícia do falecimento do grande amigo Sergio Barreto Motta. De fato, o Sergio sempre acompanhou com interesse o desenvolvimento do setor de apoio marítimo, publicando notícias importantes, contribuindo para corretamente informar ao publico, sobre os acontecimentos do setor. Perdemos um querido jornalista e pessoa de grande valor”, afirmou Ronaldo M. de Oliveira Lima, diretor Comercial do grupo CBO e presidente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam).
O vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Luís Fernando Resano, afirmou ao MM que a comunidade marítima perde um jornalista dedicado à causa da navegação. “Sergio Barreto sempre buscou conhecer os detalhes da navegação marítima seja do longo curso, seja da cabotagem ou do apoio marítimo. Sentiremos muita falta das suas perguntas objetivas para obter a precisa posição das empresas de navegação.”
O secretário executivo do Conselho Nacional de Praticagem, Arionor Souza, afirmou que é com pesar que a praticagem do Brasil recebeu a triste notícia do falecimento do grande amigo. “A comunidade marítima perde um jornalista dedicado ao comércio marítimo e profundo conhecedor de todos os ramos da navegação. Nossas sinceras condolências à família e aos amigos.”
Para o presidente do Sindicato Oficial da Marinha Mercante (Sindmar), Severino Almeida, “o jornalista vai fazer falta. Ele é um profissional muito competente e grande conhecedor do setor. Ele fazia um jornalismo sólido e tinha grande conhecimento das nossas lutas; e, acima de tudo, era um grande amigo. Vai nos fazer falta.”
O presidente do Fórum dos Trabalhadores da Indústria Naval e Petróleo, Joacir Pedro, se somou à dor pela perda: “Nós, trabalhadores da indústria naval, sentimos muito a perda desse nobre companheiro que tanto nos ouviu e atendeu os trabalhadores em prol do setor. Estamos de luto pela perda desse grande jornalista que tanto fez pelo segmento.”