A Petrobras encerrou o terceiro trimestre deste ano com 56,1% de execução orçamentária, desembolsando R$ 39 bilhões, da programação anual R$ 69 bilhões determinada, originalmente prevista para o ano.
De acordo com dados da petroleira, há investimentos represados em todas as áreas, inclusive E&P, que representa a maior parcela dos investimentos.
A programação para o desenvolvimento da produção em Campos e Espírito Santo (R$ 4 bilhões) e da cessão onerosa (R$ 4 bilhões) foi praticamente esgotada no terceiro trimestre. O único sistema novo a entrar em operação nestas áreas foi a P-61, de Papa-Terra, em Campos, programada inicialmente para 2014. O campo não recebeu nenhum novo poço de produção este ano, demandando serviços apenas de instalação e interligação.
Na cessão onerosa, os principais investimentos vistos no período foram TLDs nas áreas de Búzios e Atapu e Berbigão, que produziram nos testes até 15 mil barris/dia de petróleo e devem receber sistemas definitivos a partir de 2017 – há previsão de novos TLDs/SPAs ao longo de 2016.
Entre os investimentos pendentes, os maiores são o desenvolvimento do pré-sal (R$ 13 bilhões) e manutenção dos sistemas de Campos e Espírito Santos (R$ 6 bilhões), que ainda podem receber, ao todo, neste quarto trimestre, R$ 4 bilhões e R$ 2 bilhões, respectivamente.
No pré-sal, foi feito este ano a conexão do FPSO Cidade de Itaguaí, em Iracema Norte, área do campo de Lula. O FPSO demandou a contratação de 19 poços de desenvolvimento até o fim de setembro – metade da demanda da Petrobras por poços em toda a bacia.
Contudo, os aportes em exploração, segunda maior linha de investimento da Petrobras para 2015, foram de apenas R$ 4,5 bilhões, 49% dos R$ 9 bilhões previstos para o ano.
Com o avanço dos principais projetos da Petrobras no E&P, a execução do orçamento da área foi de 66% no terceiro trimestre, o dobro do registrado no Abastecimento e no Gás e Energia (área que praticamente toda voltada para o E&P, com orçamento para execução de rotas no pré-sal e processamento de gás no Comperj).
Em Abastecimento, foram aportados nos nove meses R$ 5 bilhões, dos R$ 14 bilhões programados para o ano, que incluem obras no Comperj, que enfrenta sucessivas paralisações, Rnet e nas refinarias canceladas Premium I e II. A área de Gás e Energia teve R$ 1,5 bilhão de R$ 4,8 bilhões aportados no ano, considerando no Plano de Negócios da área a UPGN do Comperj e o Rota 2.