A Petrobras vai gastar US$ 1 bilhão para perfurar poços e delimitar as reservas recém-contratadas pela União, sem licitação, explicou o diretor de Exploração e Produção, José Formigli, em entrevista coletiva concedida ontem, terça-feira (1), ao lado da presidente da estatal, Graça Foster. Segundo ele, a partir do conhecimento mais detalhado das quatro áreas do pré-sal da Bacia de Santos – Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi -, a Petrobras conseguirá determinar a reserva com mais precisão. Atualmente, a previsão é de um potencial de reserva de 9,8 bilhões de boe/dia a 15,2 bilhões/boe.
Formigli informou ainda que a estatal precisará de dez plataformas de produção nas quatro áreas. No entanto, se a produção se mostrar mais promissora, novas unidades poderão ser contratadas.
PAGAMENTO – Graça Foster informou que espera que até dezembro do ano que vem a União se decida sobre as condições de pagamento pela Petrobras pelas quatro áreas do pré-sal contratadas diretamente à estatal. Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) prevê duas possibilidades de pagamento.
A primeira condição estabelece porcentuais de pagamento ao governo de parte dos ganhos, o lucro-óleo previsto no contrato de partilha, à medida que os projetos forem avançando. A segunda condição prevê porcentuais menores que os primeiros de pagamento à União, mas com a antecipação de desembolsos em moeda corrente, no período de 2015 a 2018, antes mesmo que o óleo seja extraído.
Em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o secretário-executivo de Petróleo e Gás da Petrobras, Marco Antônio Almeida, informou que a posição do governo será pela antecipação do pagamento.