A Petrobras cancelou 16 contratos de navios petroleiros afretados na primeira fase do programa Empresa Brasileira de Navegação (EBN). Segundo o cronograma acordado com os armadores, os navios deveriam ser entregues até 2014, mas não chegaram a ter sua construção iniciada.
Somente três navios contratados no EBN 1 foram entregues e estão operando em contratos de 15 anos. Os navios para transporte de bunker Luiz Rebelo I, Luiz Rebelo II e Luiz Rebelo III, todos da Delima Navegação, foram entregues entre 2014 e 2015 – o último começou a operar este ano para a Petrobras. Eles foram construídos no estaleiro Enavi-Renave, na Baía de Guanabara (RJ).
Ao contrário do que tradicionalmente ocorre com os petroleiros da Transpetro não houve cerimônia pública de lançamento de nenhum dos três navios. Os petroleiros foram contratados na gestão do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, primeiro executivo da estatal a ser preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Além da Delima, os contratos na primeira fase do programa foram fechados com a Kingfish, que arrematou três petroleiros para o transporte de produtos escuros com capacidade de 45 mil toneladas de porte bruto (TPB); Global, que levou outros três navios de 45 mil TPB para produtos claros; Pancoast (dois navios para transporte de produtos claros e dois para produtos produtos escuros); São Miguel (três navios de bunker); e Elcano (três gaseiros).
No EBN 2, a Kingfish arrematou oito navios (quatro de produtos claros e quatro de produtos escuros); a Hidrovia South American Logistics SA, seis Panamax; a Brazgax, quatro gaseiros; e a Delima, dois navios de produtos escuros. Segundo a Petrobras, os armadores ainda buscam entendimento com os estaleiros para construir os navios contratados na segunda fase do EBN.