Petrobras conseguiu no Tribunal Regional Federal da 5ª Região autorização para retomar o projeto, mas assinatura do contrato ainda depende do TCU
A Petrobras conseguiu no Tribunal Regional Federal da 5ª Região autorização para retomar as negociações dos Projeto Ártico, que pretende vender nove campos em águas rasas do Nordeste. A empresa está autorizada continuar a venda das áreas, mas a assinatura do contrato ainda depende de autorização do TCU.
A Justiça Federal de Sergipe concedeu, em meados de dezembro, quatro liminares contra o plano de desinvestimento da Petrobras, suspendendo os projetos Ártico, Topázio, a venda da BR Distribuidora e dos campos de Tartaruga Verde e Mestiça. Os pedidos foram feitos pela advogada Raquel Sousa, que faz parte do corpo jurídico da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e do Sindipetro AL-SE.
A Petrobras dividiu o Projeto Ártico em dois lotes. Em Sergipe, o polo ofertado agrupa os campos de Caioba, Camorim, Dourado, Guaricema e Tatuí que produzem juntos 1,5 mil b/d por 27 poços. No Ceará, o pacote inclui os campos de Atum, Curimã, Espada e Xaréu, que produzem cerca de 5,4 mil b/d por 33 poços.
Juntos, os nove campos possuem cerca de 300 poços perfurados e 30 unidades de produção instaladas. As áreas, que começaram a produzir na década de 70, podem encerrar sua produção agora em novas mãos.
O data room dos campos foi aberto em agosto do ano passado, mas a empresa não recebeu propostas.
À exceção de Dourado e Tatuí, em Sergipe, todos os campos estão em operação no momento.