Clipping de notícias semanal com informações relevantes para o setor.
Rio perde 30 mil postos de trabalho em 4 anos
Desde o início da crise do setor, há quatro anos, a indústria naval perdeu 67% dos empregos, indo de 82.472 postos de trabalho em dezembro de 2014 para 26.944 posições em junho deste ano. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), que credita o cenário adverso a uma série de fatores, como as crises do setor de petróleo e da Petrobras, a Lava-Jato e a política de redução do conteúdo local.
Sem previsão de encomendas no curto prazo, horizonte é incerto
O horizonte permanece nublado para a indústria naval, que sobrevive sem saber ao certo como será o volume de pedidos para os próximos cinco anos. Incertezas em relação à retomada das encomendas pela Petrobras, sobre o nível de conteúdo nacional e o lançamento de medida provisória que permitirá a destinação de recursos para que a Marinha do Brasil encomende embarcações a estaleiros do país colocam uma interrogação sobre o nível de produção e de emprego no setor a partir de meados de 2019, quando serão entregues cinco navios petroleiros e uma plataforma de produção de petróleo.
Conteúdo local pode estimular demanda
A indústria naval tem uma grande expectativa, que poderia ajudá-la a sobreviver na próxima década: as modificações na exigência de conteúdo local para as encomendas de embarcações nas novas licitações de petróleo, com a inclusão da fabricação de cascos de navios em uma categoria separada.
Fundo da Marinha Mercante tem R$ 3,8 bi para 2018 e espera projetos de estaleiros
Há dinheiro no Fundo da Marinha Mercante a espera de projetos dos estaleiros. Segundo a Secretaria de Fomento e Parcerias (SFP), do Ministério dos Transportes, o FMM tem R$ 3,8 bilhões disponíveis no orçamento para liberação em 2018. Desse total, R$ 1,6 bilhão milhões já foi liberado até meados de agosto, por meio de instituições como o BNDES, o Banco do Brasil, a Caixa, o BNB e o Basa, bancos responsáveis pela distribuição dos financiamentos.
Haddad defende conteúdo local no setor de petróleo em estaleiro em Niterói
O candidato a vice-presidente pelo PT na chapa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira, 28, a política de conteúdo local na indústria de petróleo e gás. Haddad chegou por volta das 9h15 para um ato de campanha no Estaleiro Aliança, em Niterói, na região metropolitana do Rio.
ANP decide esperar decisão do TCU para revisar contratos de conteúdo local
A ANP decidiu suspender temporariamente a revisão do conteúdo local – ou seja, a contratação de fornecedores brasileiros – em contratos vigentes de empresas que atual em exploração e produção de petróleo e gás natural. Motivo: o Sindicato Nacional da Indústria Naval fez uma representação ao TCU pedindo justamente a suspensão. Argumenta que a redução de conteúdo local impacta diretamente os estaleiros, que não estão recebendo novas encomendas, apenas finalizando as existentes. A ANP decidiu aguardar a decisão do tribunal.
TACs para conteúdo local aguardam TCU
A diretoria da ANP retirou de pauta a consulta prévia relativa aos termos de ajustamento de conduta (TACs) de conteúdo local para projetos de exploração ou desenvolvimento da produção com fases já encerradas ou devolvidos.
Empresas desenvolvem navio a GNL
Wartsila, WinGD e GTT fecharam acordo para desenvolver embarcações possam ser movidas a GNL. O gas na forma liquefeita produz 80% menos óxido de nitrogênio (NOx) e emite 30% menos gás carbônico (CO2). Tem teor de enxofre baixo e preços competitivos com o aumento da oferta mundial.
Conteúdo local volta ao centro do debate da construção naval
A flexibilização da política de conteúdo local voltou a polarizar o setor de óleo e gás. Em meio à forte adesão das petroleiras às novas regras que permitem a redução dos percentuais de nacionalização, os estaleiros alertam para a falta de perspectivas de grandes contratações e prometem uma série de medidas judiciais e administrativas para reverteras mudanças das regras. A Agência Nacional de Petróleo (ANP), por sua vez, prega a busca de um consenso para garantir a competitividade do setor petrolífero como um todo.