Vivemos num mundo globalizado. As principais potências mundiais, os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão estão preocupados com o emprego dos seus cidadãos, já que a produção industrial da China alcança todos os mercados e projeta seu poder comercial sobre a Ásia e o Ocidente.
É competição séria que todos deveriam ter consciência e informação. No setor naval, por exemplo, a China avança para ter a maior frota de navios mercantes e a maior produção de navios e plataformas de petróleo.
Lloyd Register e a Qinetiq e Strathclyde University divulgaram, em abril de 2013, o documento Tendências Marítimas Globais 2030, um relatório baseado em dois anos de pesquisa sobre o futuro da indústria marítima. Neste documento fica claramente demonstrado a importância do setor naval, como elemento de projeção de poder marítimo e conquista comercial.
Os países se preparam para essa competição fortalecendo suas indústriais navais. Os Estados Unidos organizam melhor seus estaleiros. A Europa aumenta o esforço de desenvolvimento de tecnologias para ampliar sua atuação e competir melhor, o Canadá utiliza o poder de compra da sua marinha para ampliar seus estaleiros e gerar empregos. Tudo isso porquê a construção naval é um setor que atrai investidores internacionais e melhora as oportunidades aos seus cidadãos.
No setor de óleo e gás está o mercado para a construção de equipamentos para exploração de produção de petróleo em alto mar. É um segmento onde o Brasil é um dos principais investidores para transformar em riquezas suas reservas de petróleo. O dinheiro que será investido no segmento offshore, em termos mundiais, é estimado em US$ 223 bilhões até 2017 (incluindo a Petrobras). É o maior volume de dinheiro direcionado para este segmento na História. O Brasil é apontado como um dos principais mercados. Cabe aos brasileiros assegurar que esse momento resulte em aumento das oportunidades de empregos e negócios.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore