Os 19 estaleiros em operação no Estado do Rio de Janeiro empregam cerca de 29 mil pessoas, o que representa 41% do total do emprego do no setor, no país.
É o polo de construção naval com a capacidade de construção mais diversificada. Aqui são construídos navios petroleiros: navios graneleiros, navios porta-contêineres, navios de apoio marítimo (suprimentos e reboque de plataformas, assentamento de dutos, de apoio à construção submarina), plataformas de produção de petróleo, sondas para perfuração de poços e a construção e integração de módulos de produção para plataformas de produção.
Esse parque industrial diversificado exige como contrapartida a oferta de recursos humanos cada vez mais qualificados, a existência de uma rede de fornecedores com serviços e fabricação local, para atender a política de conteúdo local. Além de tudo necessita de intensa colaboração com o governo do Estado e as prefeituras onde os estaleiros estão instalados (Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Angra dos Reis e futuramente Itaguaí e São João da Barra).
Os empregos gerados e a dinâmica econômica na rede de fornecedores geram aumento da renda local, mas exige das autoridades como contrapartida investimentos em serviços públicos (saúde, educação e transportes) e em infraestrutura (melhoria das vias de acesso e ordenamento do trânsito).
A expansão da indústria naval e offshore deve ser compreendida como um esforço conjunto. A competitividade do setor depende dos investimentos e melhoria de gestão não só das empresas como de todos os demais agentes públicos. As oportunidades aumentam e com elas os desafios. A competição internacional envolve a todos: empresas, trabalhadores e agentes dos governos estaduais e municipais.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore