O Brasil está pleiteando junto a Organização das Nações Unidas (ONU) o aumento da área marítima da sua zona econômica exclusiva, onde poderá explorar minérios e petróleo no subsolo marinho. Essa decisão é acompanhada por um programa de construção naval em andamento para a Marinha Brasileira, composto por cinco navios de patrulha em construção no Brasil, no Estaleiro Ilha S/A (EISA-RJ); três navios de patrulha oceânicos (Classe Amazonas) construídos por BAE Systems, no Reino Unido (dois já entregues e um com entrega prevista em julho); e cinco submarinos, sendo um movido com combustível nuclear.
A construção naval para a Marinha Brasileira representa um forte componente de desenvolvimento e absorção de tecnologia. Demonstra a importância estratégica da indústria da construção naval brasileira, no contexto da proteção das operações marítimas ao longo da costa, notadamente a exploração de petróleo offshore.
Tanto no caso dos navios de patrulha oceânicos, construídos pela BAE Systems, do Reino Unido, quanto no caso dos submarinos em construção na Itaguaí Construção Naval (ICN-RJ) com transferência de tecnologia da Direction des Construction Navales et Services (DCNS), da França, consorciada com a Odebrecht, há transferências de tecnologia para o Brasil no que tange o projeto, construção e manutenção dos sistemas.
Para atender o programa de construção naval para previsto pela Marinha Brasileira é essencial que exista uma indústria local competitiva e uma rede de fornecedores ativa. A defesa das águas territoriais brasileiras e as operações de apoio a emergências tornam essencial o programa de expansão da frota da Marinha Brasileira. Uma iniciativa que leva benefícios e oportunidades a todos os brasileiros.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore