O transporte marítimo na costa brasileira está aumentando em função da vantagem de custos que oferece em relação ao transporte rodoviário. Ocorre a expansão da carga em contêineres que representam mais de 22% do total embarcado nos portos brasileiros. Minérios e combustíveis são outros dois tipos de carga predominantes.
A expansão do trasponte marítimo local cria mercado para a construção naval e atualmente estão sendo construídos em estaleiros brasileiros três navios porta contêineres, um navio graneleiro e cerca de 18 navios para transporte de produtos derivados do petróleo e gás. Mas, é na carga em conteinerizada que se espera a grande expansão da demanda com a nova lei dos portos que tornará mais ágil a operação de carga e descarga.
A frota brasileira de navios operando no tranporte marítimo ao longo da costa é estimada em cerca de 170 embarcações, incluindo barcaças. O maior valor agregado está nas rotas marítimas do Sul e Sudeste com destino ao Nortesde e, principalmente, ao Norte, até Manaus, através de dois mil quilometros do rio Amazonas.
Operadores marítmos brasileiros como a Transpetro, Norsul, Elcano, Aliança Navegação (controlada pela Hamburg Sud) e a Log-In (controlada pela Vale) são as principais transportadoras de combustíveis, minérios e equipamentos e bens de consumo em contêineres.
A modernização do regime de operação dos portos brasileiros será um marco para uma transformação relavante na nossa matriz de transporte, atualmente com 58% das cargas transportadas por rodovias, 25% por ferrovias e ao transporte marítimo cabe 13% do total, uma modesta parcela para as dimensões da nossa costa.
A mudança já vem ocorreendo, de 2000 a 2010, o total de contêineres transportados por navios na costa brasileira aumentou de 90 mil para 671 mil. O transporte marítimo e a modernização dos portos serão relevantes para promover o desenvolvimento regional nos próximo dez anos.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore