Ontem venceu o prazo para a entrega de documentos e pagamento da taxa de participação de R$ 2 milhões, que garantem lugar no leilão. Em 7 de outubro, as empresas apresentam as garantias.
O consórcio que vencer a disputa terá que fazer um pagamento imediato de R$ 15 bilhões e firmar o compromisso de investimento mínimo de R$ 610 milhões nos primeiros quatro anos, o que afastou as empresas brasileiras da disputa, com exceção da Petrobras, segundo a fonte.
A presença das estatais Sinopec, Sinochem e CNPC no leilão, previsto para 21 de outubro, confirma o interesse da China nas gigantescas reservas de petróleo do país. A Sinopec deverá entrar na disputa com a espanhola Repsol, sua parceira em outros blocos no Brasil, e outra chinesa deve se aliar à Petrobras.
Até a tarde de ontem, 11 empresas haviam se inscrito.
O grande volume de documentos adiou para hoje a divulgação oficial da lista de empresas, segundo a Agência Nacional do Petróleo.
“Não tem nenhuma empresa brasileira para enfrentar um leilão desse tamanho, e nem acredito que as empresas privadas se interessem muito. Isso é leilão para as gigantes estatais”, avaliou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Adriano Pires.
A norueguesa Statoil e a francesa Total são fortes candidatas, afirmou.
A Petrobras terá 30% de participação obrigatória -o que, segundo agentes da indústria de fornecedores, já garante as encomendas para fomentar o segmento.
A previsão é que Libra esteja produzindo 1 milhão de barris por dia em 2020, metade do que a Petrobras levou 60 anos para obter. O prazo do contrato é de 35 anos não renováveis, e o investimento previsto, US$ 200 bilhões.