A construção naval está bastante integrada ao mercado brasileiro. Possibilita a integração a projeto com participação de grandes empresas internacionais. Durante a Offshore Technology Conference (OTC 213), realizada no Riocentro ao final de outubro, foi possível ouvir as vozes afirmando a realidade do mercado onde os estaleiros locais se inserem.
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, informou, durante a OTC 2013, que o foco da empresa nos próximos anos será o setor de produção de petróleo. Significa foco na contratação de plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo e navios especializados.
Os dirigentes de grandes petroleiras internacionais, Shell, Exxon, Chevron, BG e Total, reconheceram o interesse em trabalhar no Brasil e o entusiasmo com a próxima fase exploratória que se inicia com o campo de Libra e as demais oportunidades do pré-sal.
Investidores japoneses entraram no capital de estaleiros brasileiros, demonstrando a confiança no mercado à frente. A reunião do Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (CDFMM), ocorrida no final de outubro, demonstrou a disposição de investimentos dos empresários locais e internacionais.
Foram aprovados R$4,8 bilhões em prioridades de financiamentos para 118 projetos, com destaques para os navios de apoio marítimo. Merece destaque também a prioridade de financiamento para o estaleiro da Huisman, especializado na construção dos equipamentos operacionais de navios sonda e navios de assentamento de dutos.
São fatos que indicam a permanência e sustentabilidade do setor de construção naval.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore
Artigo para o jornal O Fluminense