BRASÍLIA – Tomou posse nesta terça-feira oficialmente a diretoria da estatal Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), a empresa que representará os interesses da União na exploração de campos sob o regime de partilha. O diretor-presidente da companhia, Oswaldo Pedrosa Júnior, disse que a empresa deverá, nos próximos meses, definir um regimento interno e ter um orçamento aprovado. Por enquanto, a estatal é composta apenas pelo presidente e outros três diretores.
Após a cerimônia na sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília, Pedrosa informou à imprensa que, como parceira do consórcio vencedor do campo de Libra, a PPSA buscará maximizar a produção, onde seria possível antecipar. Em geral um empreendimento desse tipo, até que o primeiro óleo seja produzido, leva um tempo de quatro a cinco anos. Mas, nas avaliações de descoberta, se tiver um teste de longa duração, é possível que haja uma antecipação da produção. Então é muito cedo ainda para saber o que o consórcio e o operador vão determinar e projetar para a fase de exploração e desenvolvimento. Pedrosa explicou, ainda, que o modelo de atuação da PPSA será inspirado em experiência similares mundo afora, quando são compostos consórcios para exploração e produção de campos.
PPSA será um dos membros do consórcio, só que com 50% de direito de voto na maior parte das atividades que passam pela deliberação do comitê operacional, e vai também acompanhar a execução de todas as atividades. E o propósito é comum a todos os consorciados: buscar sempre maximizar os benefícios de investimentos dessa natureza, como são os do pré-sal. Pedrosa disse que, embora a empresa tenha a missão de comercializar a parcela da União que for extraída de Libra, ainda não está definido se a empresa estatal contratará comercializadoras independentes (traders) ou se buscará outra forma de atuação.
No conselho de administração da companhia estarão o presidente Marco Antônio Martins Almeida, secretário de Petróleo de Gás do ministério, Magda Chambriard, diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANS), e Antônio Henrique Silveira, ministro-interino da Secretaria dos Portos, além do próprio Pedrosa.