O olhar sobre os acontecimentos do ano de 2013 mostra que a indústria da construção naval brasileira está em fase de consolidação. Em 13 anos, desde o ano 2000, os estaleiros brasileiros realizaram uma transformação impressionante. Não só pelo aumento do volume de empregos, que passaram de dois mil para mais de 70 mil. Mas, principalmente, na construção de novos estaleiros e entregas de navios e plataformas, Mobilizando parceiros locais e internacionais e construindo uma rede de fornecedores que contribuem para o aumento do conteúdo local no setor.
A indústria naval brasileira atua em parceria, construindo navios, sondas de perfuração e plataformas, com empresas internacionais do Japão, Cingapura e Coréia do Sul. O Estaleiro Atlântico Sul (EAS-PE), informa que sua operação está em nova fase, após a realização de investimentos em infraestrutura e formação de recursos humanos. Os novos prazos de entregas de petroleiros para a Transpetro ficou acertada com a assinatura dos contratos confirmando a carteira de encomendas.
No Rio Grande do Sul, o Polo Naval Sul, está em ampliação com a consolidação, apoiada pelos governos dos municípios e dos estado, de arranjos produtivos locais de indústria fornecedoras aos estaleiros Quip (integração de módulos das plataformas P75 e p-77), Ecovix (Estaleiros Rio Grande – (oito cascos de FPSO em construção) e o EBR (Estaleiros Brasil) em construção para integração de módulos da p-74. No Rio de Janeiro o Vard Promar, lançou ao mar o casco do primeiro navio gaseiro, de uma série de oito que serão construídos para a Transpetro.
Na rede de fornecedores merecem destaque os investimentos de fabricantes de sistemas, turbinas e motores. Em Recife e no Rio de Janeiro e GE investe para atender demanda para fornecer equipamentos às plataformas de produção. Em São João da Barra, a Wartsila investe na unidade de motores para navios. A Rollls Royce investe na unidade de integração e testes de turbinas para plataformas, em Santa Cruz, zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. São fatos que demonstram a perspectiva futura do setor.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore
Artigo para o jornal O Fluminense