A Petrobras enviou nesta quinta-feira (21/5) uma carta ao consórcio QGI (Queiroz Galvão/Iesa) encerrando as negociações e rescindindo o contrato para construção de módulos e a integração dos FPSOs P-75 e P-77, que serão instalados em áreas da cessão onerosa, na Bacia de Santos. O consórcio realizou hoje mais uma etapa de demissões de funcionários. Cerca de 200 colaboradores, entre terceirizados e CLT, perderam emprego.
Em fevereiro, a QGI já havia informando à Petrobras que não tinha mais interesse no contrato. A estatal, contudo, chamou o consórcio para tentar minimizar os problemas e retomar as obras. A QGI tentava formalizar aditivos para retomar as obras dos FPSOs, mas a Petrobras alegava impedimentos já que tanto Queiroz Galvão quanto Iesa estão na lista de bloqueio cautelar para empresas com envolvimento nas fraudes apuradas pela Operação Lava Jato.
Especula-se no mercado que a QGI pedia um aditivo de US$ 150 milhões, que vinha sendo negado pela Petrobras. Também comenta-se que a empresa pretende ir à Justiça tentar indenização alegando perdas por conta da não assinatura dos aditivos.
A Petrobras vem enfrentando sérios problemas para tocar as obras de seus FPSOs próprios para o cluster do pré-sal da Bacia de Santos. Ontem, o consórcio Integra (Mendes Junior e OSX) cedeu para o epecista China Offshore Oil Engineering Corporation (COOEC) o contrato de construção de módulos e de integração dos FPSOs P-67 e P-70, unidades replicantes que serão instaladas nas áreas de Lula Norte e Iara Horst. O acordo marcou mais um desfecho feito junto a grupos internacionais.