Na abertura do evento, agentes destacaram momento de bons diálogos e apontaram a necessidade de políticas setoriais que estimulem encomendas e aumento do conteúdo local.
O primeiro dia da 17ª Navalshore trouxe um cenário de otimismo com a perspectiva de novas frentes de trabalho e desafios que vão desde o fortalecimento do marco regulatório e políticas adequadas de conteúdo local até melhores condições de financiamento, capacitação e um olhar antenado com o processo de transição energética que está em curso no mundo. Na abertura do evento, agentes destacaram o momento de bons diálogos e a necessidade de políticas que estimulem encomendas e um aumento consciente do conteúdo local.
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha, destacou que novas frentes estão se abrindo e, quando estiverem consolidadas, vão representar oportunidades de crescimento e de desenvolvimento tecnológico para estaleiros e fornecedores.
Para o vice-presidente da Firjan, Raul Sanson, os ânimos da indústria estão renovados com as perspectivas de investimentos para os próximos anos, com expectativa de encomendas e maior participação da indústria nacional.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, reforçou que tornar a indústria mais forte passa por uma política de estado de longo prazo, que inclui linhas de créditos acessíveis, regras adequadas de conteúdo local e encomendas perenes. No evento, Bacci detalhou o programa da Transpetro que pretende encomendar a construção de 25 navios em estaleiros nacionais, com R$ 12,5 bilhões de investimentos estimados.
O Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima e a Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo avaliam que o país precisa de uma política pública setorial. “O setor quer responder à demanda. O apoio marítimo é essencial na cadeia de O&G e será em qualquer indústria offshore”, disse a vice-presidente executiva do Syndarma/Abeam, Lilian Schaefer.
O ministro de Portos e Aeroportos (MPor), Márcio França disse que, desde o primeiro dia de governo, a orientação do presidente Lula é dar uma atenção especial à construção naval e ao escoamento da produção do interior do país até os portos. França falou que a Petrobras é, historicamente, uma grande contratante da construção naval, mas que existem outros segmentos com grande potencial de demandas. Ele citou que o transporte na região Norte possui carências para a renovação de frota, tanto no transporte de granéis sólidos, quanto no transporte de passageiros.
O diretor da Antaq, Wilson Lima Filho, disse que sopram ventos favoráveis à navegação e à construção naval no Brasil. Ele acrescentou que existem oportunidades para a indústria associadas ao mar e aos portos que incluem o ciclo de vida dos ativos. “O futuro do Brasil está na Economia Azul”, projetou.