A Navalshore trouxe como destaque, na abertura do primeiro dia da feira, a retomada do mercado naval e o papel crucial da indústria naval para a economia do país. Na cerimônia de abertura, Dino Antunes Dias Batista, secretário nacional de hidrovias e navegação do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), enfatizou o momento especial de recuperação do setor, destacando o aumento nas encomendas de novos navios e a importância das políticas públicas para fomentar a indústria naval.
Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, por sua vez, ressaltou a volta da Petrobras às atividades de construção naval, com o objetivo de gerar valor e segurança operacional.
“Para nós da Transpetro é essencial contribuir para os debates dessa área, ainda mais esse ano que retomamos os investimentos na aquisição de novas embarcações. Em julho, lançamos o TP25, nosso programa de renovação e ampliação da frota”, destacou. Bacci também destacou que a Transpetro vai disponibilizar uma infraestrutura de apoio às trabalhadoras lactantes durante todo o evento e que isso é iniciativa de diversidade e inclusão da empresa.
Lilian Schaefer, vice-presidente executiva da Executiva da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam), abordou a crise enfrentada pela navegação de apoio marítimo, mencionando a redução drástica na operação devido à crise do petróleo em anos recentes, mas apontando que o setor está se recuperando. Já Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, apresentou o panorama naval do Rio de Janeiro, que revelou um aumento significativo de empregos e renda na região.
“Reaquecer a atividade de nossa indústria naval, usando como base o pico da atividade histórica, significaria a recuperação de pelo menos 14 mil empregos diretos. Adicionando 31 mil empregos de impacto indireto, seriam mais 45 mil novos postos de trabalho em nosso estado. Mais empregos, mais renda e mais postos, o Rio de Janeiro é o epicentro da indústria no país “, afirmou Luiz Césio Caetano.
O superintendente executivo Caixa Econômica Federal, Daniel Bonavita, ressaltou a responsabilidade do sistema financeiro na indústria. De acordo com ele, o setor contribui para o avanço tecnológico do Brasil, para a soberania nacional, para o transporte de pessoas e de mercadorias e que o banco está comprometido para buscar e oportunizar o desenvolvimento da indústria no Brasil.
Também participaram da mesa Marcos Godoy Perez, diretor da Navalshore; o diretor-geral de Navegação da Marinha do Brasil, almirante de Esquadra Sílvio Luís dos Santos; Wilson Pereira de Lima Filho, diretor da Antaq; Luis Fernando Resano, vice-presidente da Abac; e Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval.