Presidente da estatal salienta que encomendas com conteúdo local respeitarão o patamar de lucro da Petrobras
“Vim reafirmar o compromisso, assegurar, que vamos fazer encomendas aos fornecedores nacionais e promover a indústria nacional”, disse Magda Chambriard, presidente da Petrobras, em encontro com empresários fornecedores do setor, parlamentares e autoridades federais e do Estado do Rio de Janeiro, no FPSO Supply Connections Brazil Offshore – Roundtable Business Meeting, realizado no auditório da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro nesta terça-feira.
Magda, que abriu o evento, destacou os investimentos da companhia previstos em seu Plano de Negócios 2025-2029 e as oportunidades para o mercado offshore. “Nos próximos anos, planejamos contratar 11 FPSOs, cerca de 30 novas sondas, além de aproximadamente 90 embarcações submarinas para dar suporte às nossas operações de exploração e produção”, informou. Chambriard também anunciou a licitação imediata para duas FPSO (Floating Production Storage and Offloading, ou Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência. São navios-plataformas utilizados pela Petrobras e outras empresas petrolíferas).
A presidente da estatal ressaltou que “o patamar de lucro da Petrobras será respeitado, promovendo a indústria nacional. Quando olhamos para frente, vemos oportunidades. Temos o pré-sal, que vai continuar se desenvolvendo. A Bacia de Campos vai retomar a produção e produzir, no futuro, tudo que já produziu”, afirmou Magda.
Segundo Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval, encontros como este têm tudo para ser bem-sucedidos porque é cada vez mais importante “que os fornecimentos à indústria de óleo e gás no Brasil voltem a ser realizados – ou tenham uma relevância maior – por empresas brasileiras capazes de gerar novos empregos de qualidade, somando-se às realizações da Petrobras e outras companhias do setor”.
“Um evento como este contribuirá muito para que alcancemos nossos objetivos primordiais de retomada plena de nossas atividades em bases sustentáveis e perenes, alicerçadas em políticas de Estado para que não haja dependência das políticas eventuais de governos específicos”, disse Rocha.
A presidente da Petrobras destacou que o setor tem o desafio de fazer a indústria nacional progredir “pois temos potencial imenso em prol do País e do Estado do Rio de Janeiro”. Ela disse quinda que a empresa, “a maior do País”, tem o “compromisso com a causa, fruto da determinação da Petrobras em estar junto com no esforço de conhecer o potencial e as dores de cada um para que possamos juntos com a indústria nacional, traçar o caminho de oportunidades”, visto que “nenhum de nós é capaz de caminhar sozinho”.
Ela também ressaltou que “a Petrobras está profundamente comprometida em impulsionar a indústria brasileira, pois confiamos na capacidade do fornecedor nacional que pode dinamizar a nossa capacidade”. Ela contou o que Lula disse quando a convidou: “Movimente a Petrobras porque assim você vai impulsionar o PIB do brasil”.
Evento fortalece o setor e a indústria nacional
Para a Abeemar, o evento é um marco e uma grande conquista para o mercado. “Eventos como o FPSO Connections são fundamentais para fortalecer o setor, promovendo a aproximação entre os principais players e criando um espaço para discutir e superar desafios de forma sustentável ao longo dos anos. Esperamos continuar promovendo iniciativas desse porte em parceria com o Sinaval, IBP e Petrobras, consolidando uma agenda sólida e estratégica para o futuro da indústria”, ressalta João Azeredo, presidente da associação.
Dentre as oportunidades abertas pela Petrobras, destacam-se a licitação para as plataformas dos projetos de Sergipe Águas Profundas (SEAP), que prevê a contratação de uma unidade firme destinada ao SEAP 2, com previsão de operação em 2030, e a opção de compra de um segundo FPSO similar, para o SEAP 1. Haverá ainda licitação para contratação de uma nova plataforma própria, a P-86, para o projeto de revitalização dos Campos de Marlim Sul e Marlim Leste. Os dois projetos preveem parcelas relevantes de conteúdo local.
A expectativa da Petrobras é que 200 mil toneladas de módulos sejam executados em estaleiros brasileiros para as plataformas previstas no PN 25-29 que já estão em fase de implantação.
O FPSO Supply Connections Brazil Offshore – Roundtable Business Meeting foi realizado no auditório da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, onde ocorreu uma rodada de negócios entre estaleiros, fornecedores de máquinas e equipamentos e empresas operadoras de FPSOs. O evento foi realizado pela Petrobras, Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e a Associação Brasileira das Empresas de Economia do Mar (Abeemar). O encontro reuniu cerca de 100 fornecedores nacionais e internacionais.
Números do Plano da Petrobras
- O Quinquênio prevê US$ 111 bilhões de investimento, 9% superior ao plano de negócios anterior, mas é 35% maior do que vinha colocando no mercado.
- O Plano de Negócios assume compromisso real de criar 315 mil empregos diretos e indiretos, fora os induzidos.
- A Petrobras está olhando 2050, comprometida com Acordo de Paris, em sintonia com todos os compromissos de transição energética assumida pelo governo.
- 30 novas sondas, 90 embarcações submarinas.
- Construção de 2 plataformas de águas profundas, para o projeto de Sergipe. Isso coloca o Nordeste numa posição de vanguarda. É a licitação de dois projetos relevantes para 12 milhões de metros cúbicos de gás.
- Com esses investimentos, a estatal impulsionará inovação tecnológica e uma indústria competitiva e vibrante.
- Fortalecerá a cadeia produtiva, para termos proteção contra instabilidade geopolítica, cambial e segurança de insumos necessários
- O País será mais rico, mais justo e inclusivo.
- A Petrobras é hoje a maior empresa brasileira e pretende crescer mais 60% nos próximos 25 anos.
Cada dólar investido pela Petrobras no seu plano de negócio gera mais de US$ 2,34 em tributos.