Está confirmada para a próxima segunda-feira a visita de Dilma Rousseff à cidade de Rio Grande. A presidente participará da cerimônia de conclusão da plataforma de petróleo P-55. Havia a expectativa de que Dilma anunciasse também a assinatura do contrato para as obras de outras duas estruturas: a P-77 e a P-75. Porém, conforme informações do governo federal e da própria Petrobras, apenas este último complexo será ratificado por enquanto.
A P-55, encomendada pela Petrobras, foi construída pela empresa Quip. A companhia também será responsável pelos trabalhos na P-75. E, mesmo que não se confirme agora, persiste a perspectiva de que o grupo implemente a P-77 futuramente. A P-55 absorveu um investimento de aproximadamente US$ 1,8 bilhão e terá capacidade para processar em torno de 180 mil barris de petróleo ao dia e 4 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente. Já a P-75 terá capacidade para produzir até 150 mil barris de petróleo por dia e de comprimir 7 milhões de metros cúbicos de gás natural diários.
O prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, destaca que o município concentra hoje a maior carteira de investimentos da Petrobras na indústria naval, com cerca de US$ 9 bilhões. “Isso tudo representa oportunidade de trabalho e renda para muita gente e fortalece a economia como um todo”, comemora o dirigente. Lindenmeyer lembra que, em 2006, eram cerca de 30 mil pessoas com carteira assinada no município. Hoje, são aproximadamente 49 mil. “Embora haja um refluxo em função do término dessas plataformas (P-63 em junho, P-55 em setembro, e P-58 previsto para outubro), isso faz parte do cronograma de projetos da Petrobras e teremos que trabalhar com a perspectiva de otimizar a captação de novos empreendimentos”, argumenta o prefeito. Lindenmeyer estima que, hoje, entre empregos diretos e indiretos, a construção naval gere cerca de 18 mil vagas no município. Aproximadamente 70% dessa mão de obra é oriunda da região.
O presidente da Câmara de Comércio da Cidade de Rio Grande, Renan Lopes, comenta que as saídas das plataformas já podem ser consideradas normais, algo que é do conhecimento da população. De acordo com o dirigente, a preocupação reside no intervalo de tempo que separa os serviços entre uma plataforma e outra. Lopes acredita que a cidade pode “sentir” um pouco essa situação. O presidente da Câmara de Comércio reforça que agora sairá a P-55 e, em breve, a P-58. “Deve ocorrer um espaço de um ano entre os projetos das outras duas plataformas (P-75 e P-77), que entendo que serão feitas no canteiro da Quip”, diz Lopes.