O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, disse que a estatal tem caixa suficiente para participar do leilão de Libra, no pré-sal da bacia de Santos, com mais de 30% de participação no consórcio que será formado para concorrer pela área exploratória gigante. A participação de 30% é o mínimo garantido à empresa como operadora do pré-sal pela nova regulação do petróleo no Brasil.
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, já dissera que a empresa estudava a possibilidade de participar do leilão de outubro com participação acima do percentual mínimo.
O leilão de Libra oferece a maior reserva de petróleo do Brasil e uma das maiores do mundo. Especialistas apontam para reservas que poderão atingir de oito a 12 bilhões de barris. Por isso, a sua oferta para grupos estrangeiros sofre duras críticas contra a presidente Dilma Rousseff.
Além disso, o ex-presidente da estatal José Gabrielli denunciou que a forma de realização do leilão, ao dar direito aos vencedores de se apropriarem do petróleo, de revogar a lei aprovada pelo Congresso Nacional, que mudou a legislação do segmento.
Formigli participou da cerimônia que marcou o início das assinaturas dos contratos dos blocos leiloados na 11ª rodada, em maio, que já fora duramente criticada..
Dos 34 blocos arrematados pela Petrobras naquela ocasião, a estatal vai assinar, agora, contratos de 13 áreas. O prazo final para a assinatura dos contratos é dia 30.
No mesmo dia, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves (ANP) realizou audiência pública para discutir as regras previstas nas minutas do edital e dos contratos do leilão da área de Libra.