Em maio passado a presidenta Dilma Rousseff recebeu o Sinaval no seu gabinete, em Brasília. Assegurou que manterá em estaleiros brasileiros a construção de navios e plataformas de produção necessárias ao plano de negócios da Petrobras.
Publicação recente da Petrobras, em importantes revistas, apresenta a demanda até 2020 de 38 plataformas de produção de petróleo, 49 navios petroleiros, 28 sondas de perfuração e 207 navios de apoio marítimo.
As afirmações demonstram que a construção naval brasileira tem um panorama de encomendas claro para os próximos sete anos. A programação de encomendas é essencial aos estaleiros, cujo horizonte de planejamento é de quatro anos.
Para 2013 está prevista a entregas do navio petroleiro de produtos José de Alencar, pelo Estaleiro Mauá, que em breve deverá assinar contrato de mais oito navios de produtos com a Transpetro, assegurando empregos em Niterói. O Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, após a entrega, em maio, do navio petroleiro de grande porte Zumbi dos Palmares, finaliza a construção do seu terceiro petroleiro, o Dragão do Mar. Além disso, avançam as obras de integração de módulos da plataforma P-62.
No Rio Grande do Sul, o Estaleiro Quip, tem previstas as entregas das plataformas de produção P-55, P-63 e P-58. No Rio de Janeiro, o Estaleiro Inhaúma trabalha na conversão de quatro cascos de petroleiros de grande porte em plataformas de produção tipo FPSO. Em Niterói, o Estaleiro Brasa tem obras para a construção de módulos para duas plataformas de produção.
Este cenário de intensa atividade industrial promove a atração de fornecedores locais e internacionais. E demonstra que as metas previstas de geração de empregos e de agregação de tecnologias estão sendo cumpridas.
Ariovaldo Rocha
Presidente do SINAVAL – Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore