Presidenta da República visita obras da P-74 no Estaleiro Inhaúma

  • 12/09/2013
Foto: Agência Petrobras

Foto: Agência Petrobras

No Estaleiro Inhauma, Presidenta Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster, o engenheiro naval Nobuo Oguri, Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval (esquerda) e Fernando Barbosa, presidente do EEP (direita).

No Estaleiro Inhauma, Presidenta Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster, o engenheiro naval Nobuo Oguri, Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval (esquerda) e Fernando Barbosa, presidente do EEP (direita).

A Presidenta da República, Dilma Rousseff, e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, visitaram, nesta quarta-feira (11/9), o Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro. Além de vistoriar as obras de conversão da P-74, a primeira plataforma que irá para a área de cessão onerosa, e de revitalização do local, a Presidenta acompanhou o início da operação do Terminal de Ilha Comprida, na Baía de Guanabara.

Em seu discurso para os trabalhadores do Estaleiro Inhaúma, a Presidenta Dilma Rousseff exaltou a indústria nacional, ressaltando que o setor naval emprega hoje mais de 70 mil trabalhadores. “Vamos mostrar ao mundo que aquela, que já foi a segunda maior indústria naval nos anos 80, voltou e vai ser uma das maiores indústrias navais do mundo”, disse a Presidenta.

Dilma garantiu que foi acertada a decisão de produzir no Brasil plataformas e sondas. “Acreditamos na capacidade do trabalhador brasileiro e das empresas desse país. O resultado dessa luta é o fato desse estaleiro estar de pé e produzindo”, enfatizou a Presidenta, acrescentando: “o setor de petróleo e gás será muito promissor para geração de empregos no Brasil”.

A presidenta também homenageou a Petrobras, que completa 60 anos em outubro deste ano. “Eu quero fazer a nossa homenagem aos 60 anos da Petrobras. A Petrobras tem de ficar orgulhosa de ser a empresa que propicia, pelas suas compras, essa oportunidade para toda a população brasileira. A Petrobras está devolvendo ao Brasil aquilo que o Brasil deu pra ela: de ser o maior patrimônio deste país”, destacou.

Dilma também mencionou a participação das mulheres no evento e homenageou Graça Foster, que se tornou a primeira mulher a presidir a Petrobras. “Eu falo para as meninas aqui presentes, para as mulheres: é a hora e a vez de vocês também. A maior empresa do Brasil é presidida por uma mulher e eu tenho orgulho de ser a presidenta deste país”, finalizou.

Revitalização do estaleiro Inhaúma

A conversão do navio petroleiro do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier) no FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo e gás) P-74 é a primeira grande obra em execução no Estaleiro de Inhaúma após a sua retomada e representa o início de uma nova era. Assim como a P-74, no Inhaúma ainda serão feitas as obras de conversão das outras três plataformas destinadas aos campos da Cessão Onerosa, no Pré-Sal da Bacia de Santos: P-75, P-76 e P-77. Cada plataforma terá capacidade de produzir até 150 mil barris de petróleo por dia e de comprimir 7 milhões m3 de gás natural por dia.

As atividades de conversão do casco da P-74 incluem a inspeção de chapas, a substituição integral dos equipamentos originais, além da fabricação e a instalação de 13 mil toneladas de estruturas novas necessárias à colocação dos módulos, das linhas de produção e do novo sistema de ancoragem, entre outros.

As obras de revitalização do Inhaúma e de conversão do casco da P-74 geram cerca de 6 mil empregos. A previsão é de que elas sejam concluídas em dezembro de 2013 e agosto de 2014, respectivamente.

Ao final da etapa de conversão do casco será iniciada a etapa de instalação de módulos da planta de produção e de processamento de petróleo e gás às unidades, além da integração dos seus sistemas. Tais serviços serão realizados para a P-74 em São José do Norte (RS), para a P-76 em Pontal do Paraná (PR) e para a P-75 e a P-77 em Rio Grande (RS).

Depois de ter sido o segundo maior estaleiro do mundo em construção de navios, o Estaleiro ficou sem atividade durante mais de uma década. Arrendado pela Petrobras, passa por diversas reformas para atender às crescentes demandas da Companhia.

A reforma do Estaleiro Inhaúma contempla a reconstrução de importantes instalações como o dique seco, já em condições de uso, os Cais 01 e 02, oficinas, escritórios, refeitórios e equipamentos como guindastes.

Dados do casco da P-74:
Comprimento 326,2 m
Largura 56,6 m
Empregos no pico da obra 4.000
Pontal (distância entre o convés e o fundo do casco) 28,6 m
Capacidade de armazenamento 1,4 milhão de barris
Conteúdo Local 70%

Terminal Aquaviário

Em conjunto com a ampliação do Terminal Aquaviário de Ilha Redonda e a interligação de dutos com a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), o Terminal de Ilha Comprida possibilitará o armazenamento e o escoamento de 4.080 toneladas de GLP por dia, por meio de navios. O Terminal Aquaviário de Ilha Comprida movimentará e armazenará gás liquefeito de petróleo (GLP).

A partir do gás natural explorado na Bacia de Campos, o GLP é produzido nas unidades de processamento de gás natural do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, e da Reduc. Da refinaria, o produto é distribuído por meio de dois dutos de 17 quilômetros para as esferas de armazenamento nos terminais de Ilha Redonda e Ilha Comprida. Nos terminais, o gás é refrigerado e transferido para navios, disponibilizando GLP para outras regiões do país.

As obras, que integram o Plano de Antecipação da Produção de Gás Natural (Plangás) e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentaram 99,3% de conteúdo local, além de empregar 2.380 trabalhadores durante a construção.

O Terminal de Ilha Comprida tem capacidade de armazenamento de 24.800 toneladas (2 tanques de 10.000 toneladas e 3 esferas de 1.600 toneladas).

Fonte: Agência Petrobras

Dilma diz que indústria naval do País será uma das maiores

Em visita às obras da plataforma P-74 no estaleiro Inhaúma, na zona portuária do Rio, a presidente Dilma Rousseff lembrou, em discurso aos operários, que o estaleiro irá construir também a P-75, P-76 e P-77. Se dizendo emocionada de ver a retomada da indústria naval, ela declarou que a política do governo resultou na multiplicação dos empregos no setor. “O resultado dessa luta é de que de quase 2 mil empregos em 2003, hoje os estaleiros chegam a ter quase 70 mil empregos”, disse Dilma, afirmando que a indústria naval brasileira será “uma das maiores do mundo”.

“O que eu vejo hoje aqui mais uma vez foi o acerto da decisão e da luta para que construíssemos o que fosse possível aqui no Brasil e acreditássemos na qualidade do trabalhador. Que tinham capacidade de criar riqueza, produzir plataforma, sonda, tudo aquilo que a indústria de petróleo e gás tinha poder de consumir de demandar. (…)Chegamos onde chegamos porque tivemos a capacidade de confiar em nós. Sobretudo nos trabalhadores desse País”, disse Dilma, afirmando que, antes, era o Japão, Coreia e Cingapura que se beneficiavam com as encomendas navais brasileiras.

 

Fonte: Jornal do Commercio (PE)/Agência Estado
12/09/2013|Seção: Notícias da Semana|Tags: , , , , , , , , |